quarta-feira, 5 de setembro de 2018

05 de setembro - A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. Lc 4,38


Jesus depois de ter pregado no sábado na sinagoga, cura muitos doentes. Pregar e curar: esta é a atividade principal de Jesus na sua vida pública. Com a pregação Ele anuncia o Reino de Deus e com as curas demonstra que está próximo, que o Reino de Deus se encontra no meio de nós. Ao entrar na casa de Simão Pedro, Jesus vê que a sua sogra está de cama com febre; imediatamente lhe pega na mão, cura-a e diz-lhe para se levantar. Tendo vindo à terra para anunciar e realizar a salvação de todo o homem e de todos os homens, Jesus mostra uma particular predileção por quantos estão feridos no corpo e no espírito: os pobres, os pecadores, os possuídos pelo demônio, os doentes, os marginalizados.

Esta realidade da cura dos doentes por parte de Cristo convida-nos a refletir sobre o sentido e o valor da doença.
A obra salvífica de Cristo não acaba com a sua pessoa e no espaço da sua vida terrena; ela continua mediante a Igreja, sacramento do amor e da ternura de Deus pelos homens. Ao enviar em missão os seus discípulos, Jesus confere-lhes um duplo mandato: anunciar o Evangelho da salvação e curar os enfermos. Fiel a este ensinamento, a Igreja considerou sempre a assistência aos enfermos uma parte integrante da sua missão.

Tende sempre convosco os pobres e os sofredores, admoesta Jesus, e a Igreja encontra-os continuamente no seu caminho, considerando as pessoas doentes como uma via privilegiada para encontrar Cristo, para o acolher e servir. Curar um doente, acolhê-lo, servi-lo, é servir Cristo: o doente é a carne de Cristo.

Isto acontece também no nosso tempo, quando, não obstante os multíplices progressos da ciência, o sofrimento interior e físico das pessoas suscita fortes interrogações sobre o sentido da doença e da dor e acerca do porquê da morte.

Trata-se de perguntas existenciais, às quais a ação pastoral da Igreja deve responder à luz da fé, tendo diante dos olhos o Crucificado, no qual sobressai todo o mistério salvífico de Deus Pai, que por amor aos homens não poupou o próprio Filho. Por conseguinte, cada um de nós está chamado a levar a luz da Palavra de Deus e a força da graça a quantos sofrem e a quantos os assistem, familiares, médicos e enfermeiros, para que o serviço ao doente seja prestado sempre com mais humanidade, amor evangélico e ternura. A Igreja mãe, pelas nossas mãos, acaricia os nossos sofrimentos e cuida das nossas feridas, e fá-lo com ternura de mãe.

Papa Francisco – 8 de fevereiro de 2015

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