Jesus depois de ter
pregado no sábado na sinagoga, cura muitos doentes. Pregar e curar: esta é a atividade
principal de Jesus na sua vida pública. Com a pregação Ele anuncia o Reino de
Deus e com as curas demonstra que está próximo, que o Reino de Deus se encontra
no meio de nós. Ao entrar na casa de Simão Pedro, Jesus vê que a sua sogra está
de cama com febre; imediatamente lhe pega na mão, cura-a e diz-lhe para se
levantar. Tendo vindo à terra para anunciar e realizar a salvação de todo o
homem e de todos os homens, Jesus mostra uma particular predileção por quantos
estão feridos no corpo e no espírito: os pobres, os pecadores, os possuídos
pelo demônio, os doentes, os marginalizados.
Esta realidade da
cura dos doentes por parte de Cristo convida-nos a refletir sobre o sentido e o
valor da doença.
A obra salvífica de
Cristo não acaba com a sua pessoa e no espaço da sua vida terrena; ela continua
mediante a Igreja, sacramento do amor e da ternura de Deus pelos homens. Ao
enviar em missão os seus discípulos, Jesus confere-lhes um duplo mandato: anunciar
o Evangelho da salvação e curar os enfermos. Fiel a este ensinamento, a Igreja
considerou sempre a assistência aos enfermos uma parte integrante da sua
missão.
Tende sempre convosco
os pobres e os sofredores, admoesta Jesus, e a Igreja encontra-os continuamente
no seu caminho, considerando as pessoas doentes como uma via privilegiada para
encontrar Cristo, para o acolher e servir. Curar um doente, acolhê-lo,
servi-lo, é servir Cristo: o doente é a carne de Cristo.
Isto acontece
também no nosso tempo, quando, não obstante os multíplices progressos da
ciência, o sofrimento interior e físico das pessoas suscita fortes
interrogações sobre o sentido da doença e da dor e acerca do porquê da morte.
Trata-se de
perguntas existenciais, às quais a ação pastoral da Igreja deve responder à luz
da fé, tendo diante dos olhos o Crucificado, no qual sobressai todo o mistério
salvífico de Deus Pai, que por amor aos homens não poupou o próprio Filho. Por
conseguinte, cada um de nós está chamado a levar a luz da Palavra de Deus e a
força da graça a quantos sofrem e a quantos os assistem, familiares, médicos e
enfermeiros, para que o serviço ao doente seja prestado sempre com mais
humanidade, amor evangélico e ternura. A Igreja mãe, pelas nossas mãos,
acaricia os nossos sofrimentos e cuida das nossas feridas, e fá-lo com ternura
de mãe.
Papa
Francisco – 8 de fevereiro de 2015
Hoje celebramos:
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