A Palavra de Deus convida-nos,
explicitamente, a resistir “contra as maquinações do diabo” (Ef 6, 11) e a
“apagar todas as setas incendiadas do maligno” (Ef 6, 16). Não se trata de
palavras poéticas, porque o nosso caminho para a santidade é também uma luta
constante. Quem não quiser reconhecê-lo, ver-se-á exposto ao fracasso ou à
mediocridade.
Para a luta, temos as armas poderosas que o Senhor nos dá: a fé que se
expressa na oração, a meditação da Palavra de Deus, a celebração da Missa, a
adoração eucarística, a Reconciliação sacramental, as obras de caridade, a vida
comunitária, o compromisso missionário. Se nos descuidarmos, facilmente nos
seduzirão as falsas promessas do mal. Ora, como dizia o Santo Cura Brochero, “que
importa que Lúcifer prometa libertar-vos e até vos atire para o meio de todos
os seus bens, se são bens enganadores, se são bens envenenados?”
Neste caminho, o progresso no
bem, o amadurecimento espiritual e o crescimento do amor são o melhor
contrapeso ao mal. Ninguém resiste, se escolhe arrastar-se em ponto morto, se
se contenta com pouco, se deixa de sonhar com a oferta de maior dedicação ao
Senhor; e, menos ainda, se cai num sentido de derrota, porque quem começa sem
confiança, perdeu de antemão metade da batalha e enterra os seus talentos. O triunfo cristão é sempre uma cruz, mas
cruz que é, simultaneamente, estandarte de vitória, que se empunha com ternura
batalhadora contra as investidas do mal.
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