Para viver o Evangelho, não podemos esperar que tudo à
nossa volta seja favorável, porque muitas vezes as ambições de poder e os
interesses mundanos jogam contra nós.
A cruz, especialmente as fadigas e os sofrimentos que
suportamos para viver o mandamento do amor e o caminho da justiça, é fonte de
amadurecimento e santificação. Lembremo-nos disto: quando o Novo Testamento
fala dos sofrimentos que é preciso suportar pelo Evangelho, refere-se
precisamente às perseguições.
Fala-se, porém, das perseguições inevitáveis, não
daquelas que nós próprios podemos provocar com um modo errado de tratar os
outros. Um santo não é uma pessoa excêntrica, distante, que se torna
insuportável pela sua vaidade, negativismo e ressentimento. Não eram assim os
Apóstolos de Cristo. O livro dos Atos refere, com insistência, que eles gozavam
da simpatia “de todo o povo”, enquanto algumas autoridades os assediavam e perseguiam.
As perseguições não são uma realidade do passado, porque
hoje também as sofremos quer de forma cruenta, como tantos mártires contemporâneos,
quer duma maneira “mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por
minha causa (Mt 5, 11). Outras vezes, trata-se de zombarias que tentam
desfigurar a nossa fé e fazer-nos passar por pessoas ridículas.
Abraçar diariamente o caminho do Evangelho mesmo que nos
acarrete problemas: isto é santidade.
Laudate et Exsultate – nºs 91 a 94
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário