O
Papa Agatão, era de origem siciliana e conhecido pela sua humildade, caráter e santidade de vida. Membro
de uma rica família, com a morte de seu pai vendeu toda sua herança, distribuiu
o dinheiro com os pobres e ingressou na Ordem de São Benedito, na qualidade de
leigo, no monastério de São Hermes, em sua cidade natal, seguindo uma vida
exemplar de abnegação para com os seus semelhantes.
Antes
do papado foi por muitos anos tesoureiro da Igreja e apesar de não ter os
estudos necessários, o papa Dono considerava-o digníssimo de receber as
ordens sacerdotais, e o consagrou (677), e mesmo sendo já um venerável ancião,
o preparou para substituí-lo. Foi eleito em 27 de junho de 678, sendo o
Papa de número 79. Relacionou-se com os bispos ingleses e promoveu a Irlanda a
centro de cultura.
Condenou
o monotelismo e opôs-se aos abusos
imperiais, pelo que enviou 680 legados ao Concílio Ecumênico de Constantinopla, o qual pôs fim à heresia
monoteísta – que só admitia em Cristo uma vontade, a de natureza divina.
O concílio,
após haver aclamado a encíclica do papa Agatão – quando reconheceu que Pedro
falara pela boca de Agatão – definiu ser a vontade atributo da natureza e haver
em Cristo duas naturezas; duas são também as vontades, sempre concordes, pois
movidas por um único agente: a Pessoa do Verbo.
Autor
do juramento Papal, juramento feito por todos os papas eleitos desde então.
Faleceu
em 10 de janeiro de 681, vítima de uma epidemia, antes de assinar os decretos
do Concílio. Recebeu os títulos de Taumaturgo e de Maravilhoso Trabalhador,
pelos numerosos milagres que realizou. Morreu com cerca de 107 anos.
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