Germano nasceu
no ano de 496 na cidade de Autun na França. A sagrada tradição nos remonta que
Germano era filho de família rica. Sua infância foi marcada por muita dor: sua
mãe não estava satisfeita com sua gravidez e tentou por muitas vezes abortá-lo,
mas não conseguiu e depois, uma tia quis envenená-lo, mas os planos
frustraram-se. Isto graças à criada que se equivocou. Em vez de dar a Germano o
copo de vinho envenenado, deu-o a Estratídio, seu primo e filho da mandante.
Foi criado por
seu primo Escapilão e com ele viveu quinze anos vindo a concluir os estudos na
cidade de Avalon e aprender os princípios cristãos. Germano foi desenvolvendo
grande zelo pela doutrina e pela fé cristã e no ano de 530 foi requisitado pelo
bispo de Autun para ser diácono e posteriormente foi ordenado sacerdote por São
Agripino. Com a morte do bispo em 540, Germano assumiu o mosteiro de São
Sinforiano. Em consequência de sua austeridade, os monges destituíram-no do
cargo.
Tempo depois foi a Paris e lá conheceu o rei Childebert I, que logo
se encantou pela firmeza e austeridade de Germano em seus conselhos. Nomeou-o
capelão e depois com a morte do Bispo Euzébio, em 555 assumiu o Bispado de
Paris.
Nessa
época, o rei Childebert I ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações
do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem
próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de
Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.
Com a orientação
de Germano, o rei contornou diversas situações difíceis causadas pela guerra e
por seu comportamento antes mundano. Germano avançava no zelo para com os
pobres e no acolhimento dos mais necessitados. Conseguiu ainda extirpar
diversas práticas pagãs existentes na época. Teve participação no II Concílio
de Tours no ano 567 e dos concílios de Paris em 556 e 573.
Fortunato,
bispo de Poitiers, contemporâneo seu, descreve o seu amor incondicional pelos
pobres: A voz de todo povo, reunindo-se numa só, nem assim exprimiria qual
pródigo era ele em esmolas: frequentemente, contentando-se com uma túnica, cobria com o resto das vestes um
pobre nu, assim que, enquanto o pobre se sentia quente, o bem-aventurado
padecia frio. Ninguém pode dizer em quantos lugares e em que quantidade
libertou cativos... Quando nada lhe
restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e
conversação mais severa...
O rei Childebert
I caiu em severa enfermidade e foi curado graças às orações de Germano. O rei
ordenou que fosse construída uma igreja em honra a São Vicente, santo de
devoção do seu povo e no ano de 588 foi concluída e entregue à Germano. Este
foi o mesmo ano da morte do rei.
Germano
continuou seu intenso trabalho pastoral, mesmo em meio aos desafios da época.
Os ataques dos normandos por vezes atingiram a cidade e a Igreja que era sempre
reconstruída graças aos esforços do Bispo Germano que faleceu no dia 28 de maio
de 576 e foi enterrado na capela de São Sinforiano na Igreja de São Vicente.
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