segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Beata Alexandrina Maria da Costa

ALEXANDRINA MARIA DA COSTA nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, Arquidiocese de Braga, no dia 30 de Março de 1904, e foi batizada no dia 2 de Abril, Sábado Santo.Foi educada cristãmente pela mãe, junto com a irmã Deolinda. 
Alexandrina viveu em casa até aos 7 anos. Depois foi para uma pensão dum marceneiro na Póvoa de Varzim a fim de frequentar a escola primária que não existia em Balasar. Fez a primeira comunhão na sua terra natal em 1911 e no ano seguinte recebeu o sacramento da Crisma pelo Bispo do Porto.

Passados 18 meses, voltou a Balasar e foi morar com a mãe e a irmã na localidade do “Calvário”, onde irá permanecer até à morte.

No sábado santo de 1918, aos 14 anos para a sua pureza ameaçada e defender duas companheiras das maldosas intenções de dois homens que invadiram sua casa, ela saltou duma janela ao quintal, num altura de quatro metros. A ciência reconheceu mais tarde ter sido este ato heroico a origem, pelo menos em parte, do seu futuro sofrimento.

A sua intenção inicial era tornar-se missionária e, por isso, orava à Virgem Maria para que ficasse curada. Até aos seus 19 anos ainda se conseguia movimentar sofrivelmente, tendo gosto em ir à igreja. Contudo, a paralisia foi-se agravando até o dia 14 de abril de 1925, data em que ficou, definitivamente. Em 1928, chegou à conclusão de que a sua vocação era compartilhar misticamente o sofrimento de Cristo

Desenvolveu uma mielite na espinha dorsal que a imobilizou e a forçou a ficar na cama por causa de uma paralisia que foi agravando-se durante os trinta anos que lhe restou de vida. Ela não se desesperou e abandonou-se nas mãos de Jesus com essas palavras: “Jesus, Tu és prisioneiro no tabernáculo como eu sou na minha cama, assim fazemos companhia um ao outro”.

Em seguida começou a ter experiências místicas cada vez mais fortes que começavam numa sexta-feira, 3 de outubro de 1938 e terminavam no dia 24 de março de 1942. Os seus escritos somam 18 volumes, num total de 4105 páginas datilografadas.

Experimentou 182 vezes, todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão.

De 1942 até o dia da sua morte - durante 13 anos -  Alexandrina viveu sem tomar alimento algum, exceto a comunhão diária com a qual alimentou-se. Em 1943, por quarenta dias e quarenta noites, foram rigorosamente controlados por médicos o jejum absoluto e a anúria, no hospital da Foz do Douro, no Porto.

Nos trinta longos anos de paralisia ela se ofereceu a Deus como vítima da eucaristia para reparar as profanações e o abandono de Jesus Sacramentado. Ofereceu-se também como vítima pelos pecadores, no dia 30 de julho de 1935 Jesus apareceu-lhe e lhe disse: “Eu te coloquei no mundo para que vivas somente de Mim, para testemunhar ao mundo o valor da Eucaristia (…) A cadeia mais forte que acorrenta as almas a Satanás é a carne, é a impureza. Nunca se viu antes uma expansão
de vícios, de maldades e crimes como hoje! Nunca se pecou tanto (…) A Eucaristia, o meu Corpo e o Meu Sangue! A Eucaristia: eis a salvação do mundo”.

- Em 1935 e em outras datas posteriores, Jesus anuncio-lhe a guerra em consequencia dos graves pecados da humanidade;
- Nesse mesmo ano, jesus ordena-lhe que peça ao papa (Pio XI) a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria  e a instituição de sua festa litúrgica;
- Em 1939, imediatamente após a eleição do papa Pio XII, Jesus lhe avisa que o novo pontífice consagrará o mundo ao Imaculado Coração de Maria . (essa consagração ocorru em 1942)

Também a Virgem Maria apareceu-lhe no dia 2 de setembro de 1949 com um terço na mão, dizendo: “O mundo agoniza e morre no pecado. Quero oração, quero penitência. Protege com o meu terço aos que amas e a todo o mundo”. 

Apesar dos sofrimentos, continuava a dedicar-se aos problemas dos pobres, do bem espiritual dos paroquianos e de muitas outras pessoas que a ela recorriam. Promoveu em sua paróquia tríduos e horas de adoração.

Última foto - tirada no dia 15/08/1955
Especialmente nos últimos anos de vida, muitas pessoas, vindas de longe, atraídas pela fama de santidade, visitavam-na; muitas atribuíam a própria conversão aos seus conselhos.

No dia 13 de outubro de 1955, aniversário da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, Alexandrina exclamou: “Sou feliz porque vou ao Céu”. Às 19:30 h desse mesmo dia expirou.
No Porto, na tarde do dia 15 de Outubro, os vendedores de flores viram-se sem nenhuma flor branca: todas tinham sido vendidas para a homenagem floral a Alexandrina, que tinha sido a rosa branca de Jesus. 

Conhecida como a “Santinha de Balasar”, Alexandrina foi beatificada pelo Papa João Paulo II, a 25 de Abril de 2004. 
A cura milagrosa de uma devota emigrada na França serviu para concluir o seu processo de Beatificação. Balasar, atualmente, é o segundo local de maior peregrinação em Portugal (o primeiro local é Fátima).


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