Estamos na sinagoga
de Nazaré, a aldeia onde Jesus cresceu e onde todos conhecem Ele e a sua
família. Mas, depois de um período de ausência Ele voltou de uma maneira nova:
durante a liturgia do sábado, lê uma profecia de Isaías sobre o Messias e
anuncia o seu cumprimento, dando a entender que aquela palavra se refere a Ele,
que Isaías falou d’Ele. Este fato suscita o desconcerto dos nazarenos: por um
lado, todos davam testemunho em Seu favor e se admiravam com as palavras
repletas de graça que saíam da Sua boca; são Marcos refere que muitos diziam: De
onde é que isto Lhe vem e que sabedoria é esta que Lhe foi dada?
Mas, por outro
lado, os seus concidadãos conhecem-no muito bem: É um como nós — dizem. A sua
pretensão só pode ser uma presunção. Não é este o filho de José? querendo
dizer: um carpinteiro de Nazaré, que aspirações pode ter?
Precisamente
conhecendo este fechamento, que confirma o provérbio nenhum profeta é bem aceite na sua pátria, Jesus dirige ao povo, na
sinagoga, palavras que soam como uma provocação.
Nisto é iluminante
a atitude de Maria. Quem mais do que ela teve familiaridade com a humanidade de
Jesus? Mas nunca ficou escandalizada como os concidadãos de Nazaré. Ela guardou
no seu coração o mistério e soube acolhê-lo cada vez mais e sempre de novo, no
caminho da fé, até à noite da Cruz e à plena luz da Ressurreição.
Papa
Bento XVI – 04 de fevereiro de 2013
Hoje celebramos:
São Paulo Miki e companheiros
Santo Afonso Maria
Fusco
Beato Francisco Spinelli
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