João nasceu no dia 24 de junho de 1386, na cidade de
Capistrano, próximo a Áquila, no então reino de Nápoles, atual Itália. Era
filho de um conde alemão e uma jovem italiana.
Tornou-se um
cidadão de grande influência em Perugia, cidade onde estudou direito civil e
canônico, formando-se com honra ao mérito. Lá se casou com a filha de outro
importante membro da comunidade e foi governador e juiz da cidade, quando
iniciava a revolta contra a dominação do rei de Nápoles
Como João de
Capistrano era muito respeitado e julgava ter amigos entre adversários, aceitou
a tarefa de tentar um diálogo com o rei. Mas estava enganado, pois, além de não
acreditarem nas suas propostas, de paz eles o prenderam. Ao mesmo tempo,
recebeu a notícia da morte de sua esposa. João tinha trinta e nove anos de
idade.
Nessa ocasião tomou a decisão mais importante de sua vida. Abriu mão de todos os cargos, vendeu todos os bens e propriedades, pagou o resgate de sua liberdade e pediu ingresso num convento franciscano. Mas também ali encontrou a desconfiança do seu propósito. O superior, antes de permitir que ele vestisse o hábito, o submeteu a muitas humilhações, para provar sua determinação.
Nessa ocasião tomou a decisão mais importante de sua vida. Abriu mão de todos os cargos, vendeu todos os bens e propriedades, pagou o resgate de sua liberdade e pediu ingresso num convento franciscano. Mas também ali encontrou a desconfiança do seu propósito. O superior, antes de permitir que ele vestisse o hábito, o submeteu a muitas humilhações, para provar sua determinação.
Receando que
estivesse movido por um capricho passageiro, negou-lhe e ainda lhe ordenou que
andasse pelas ruas de Perugia montado num jumento, com trajes ridículos e uma
mitra de papelão na qual estavam escritos alguns pecados que cometera: e isso,
na cidade em que pouco antes ele exercera elevadas funções e onde todos o
tinham na conta de homem sério e ajuizado.
Como reagiu? O Santo obedeceu
heroicamente à espantosa arbitrariedade do superior. Essa foi, entretanto,
apenas a primeira de uma série de humilhações que teve de sofrer para ser
religioso.
Duas vezes foi expulso do convento, por ser considerado
inútil. Mas, com humildade, ficou do lado de fora do edifício implorando a
readmissão até que lhe abriram as portas. Afinal foi aceito e professou na
Ordem.
Aprovado, apenas
um ano depois era considerado um dos mais respeitados religiosos do convento.
Aliás, Ordem que ele próprio colaborou para reformar.
Desde então sua vida foi somente dedicada ao espírito. Durante trinta anos fez rigoroso jejum, duras penitências e se dedicou às orações. Trabalhou com energia, evangelizando na Itália, França, Alemanha, Áustria, Hungria, Polônia e Rússia. Tornou-se grande pregador e os registros mostram, que, após sua pregação, muitos jovens decidiam entrar na Ordem de São Francisco de Assis. Foi conselheiro de quatro papas. Idoso, defendeu a Itália numa guerra que ajudou a vencer. A famosa batalha de Belgrado, contra os invasores turcos muçulmanos.
João de Capistrano contava setenta anos de idade, quando um enorme exército ameaçava tomar toda a Europa, pois já dominava mais de duzentas cidades. O papa Calisto III o designou como pregador de uma cruzada, que defenderia o continente. Com ele à frente, os cristãos tiveram de combater um exército dez vezes maior.
A guerra já estava quase perdida e os soldados
estavam a ponto de desfalecer, quando surgiu João animando a todos, percorrendo
as fileiras e mantendo-os estimulados na fé em Cristo. Durante a
batalha, percorria as fileiras católicas com um crucifixo nas mãos,
incentivando os guerreiros a combaterem por amor a Jesus Cristo. Gritava para a
tropa:
"Avançando ou retrocendo, golpeando ou
sendo golpeado, invoquem o nome de Jesus. Só nele está a salvação e a
vitória".
Agiu assim
durante onze dias e onze noites sem cessar.
Espantados com a atitude de João,
os guerreiros muçulmanos
apavoraram-se, o exército se desorganizou e os soldados cristãos dominaram o
campo de batalha até a vitória final.
Vitória que, embora preferisse manter o anonimato, foi atribuída a João de Capistrano. Depois disso, retirou-se para o Convento de Villach, na Áustria, onde morreu três meses depois, no dia 23 de outubro de 1456. O seu culto se mantém vivo até os nossos dias, sendo celebrado no dia de sua morte tanto no Oriente e como no Ocidente.
Foi canonizado em 1724 pelo papa Bento XIII. João de Capistrano é o padroeiro dos juízes.
Vitória que, embora preferisse manter o anonimato, foi atribuída a João de Capistrano. Depois disso, retirou-se para o Convento de Villach, na Áustria, onde morreu três meses depois, no dia 23 de outubro de 1456. O seu culto se mantém vivo até os nossos dias, sendo celebrado no dia de sua morte tanto no Oriente e como no Ocidente.
Foi canonizado em 1724 pelo papa Bento XIII. João de Capistrano é o padroeiro dos juízes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário