Até a reforma do calendário
litúrgico a festividade deste dia (instituída em 1954 pelo Papa Pio XII) era
celebrada em 31 de maio, como conclusão do mês mariano. No dia 22 de agosto
celebrava-se a Coroação do Imaculado Coração de Maria. A escolha deste dia para
celebrar a realeza de Maria – Oitavo dia da festa da Assunção – tem um
particular significado: quis pôr em relevo a estreita ligação entre a Assunção
e Glorificação de Nossa Senhora.
Na Bula Munificentissimus
Deus, Pio XII, ao proclamar a Assunção da Santíssima Virgem, fala
explicitamente da estreita relação que une o Filho e a Mãe; foi o amor filial
de Jesus que quis glorificação corpórea da Mãe.
Por ser Mãe da Cabeça e dos
membros do Corpo Místico, participa não somente da realeza de Jesus, mas também
do fluxo vital e santificante do Redentor sobre a Igreja.
"O Espírito Santo virá
sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o
Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria:
"Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" Lc.
1,37-38.
Ainda Lucas, nos Atos dos
apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração.
Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda
não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária
humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus
ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza
de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.
Maria é Rainha, porque é a
Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em
santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz
Dante na Divina Comédia.
Nela veneramos os dons de
graça extravasados do amor do Filho, dons que ela distribui régia e
maternalmente à Igreja, aos filhos conquistados em virtude do seu amor.
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