O Papa Pio XII, em 1954, publica encíclica
dirigida aos membros do episcopado a respeito da Realeza de Maria, recorda que
o povo cristão sempre se dirigiu à Rainha do céu nas circunstâncias felizes e
sobretudo nos períodos graves da história da Igreja.
Antes de anunciar a sua
decisão de instituir a festa litúrgica da “Santa Virgem Maria Rainha”,
assinalou o Papa: “Não queremos propor com isso ao povo cristão uma nova
verdade e acreditar, porque o próprio título e os argumentos
que justificam a dignidade real de Maria já foram abundantemente formulados em
todos os tempos e encontram nos documentos antigos da Igreja e nos
livros litúrgicos. Tencionamos apenas chamá-lo com esta encíclica a renovar
os louvores à nossa Mãe do céu, para reanimar em todos os espíritos uma devoção
mais ardente e contribuir assim para o seu bem espiritual”
Pio XII cita em seguida as
palavras dos doutores e santos que desde a origem do Novo testamento até os
nossos dias salientaram o caráter soberano, real, da Mãe de Deus, co-redentora:
Santo Efrem, São Gregório de Naziano, Orígenes, Epifânio, Bispo de
Constantinopla, São Germano, São João Damasceno, até Santo Afonso Maria de
Ligório.
Acentua o Santo Padre que o
povo cristão através das idades, tanto no oriente quanto no ocidente, nas mais
diversas liturgias, cantou os louvores de Maria, Rainha dos
Céus.
“A iconografia, disse o Papa, para traduzir a dignidade real da
bem-aventurada Virgem Maria, enriqueceu-se em todas as épocas
com obras de arte do maior valor. Ela chegou mesmo a representar
o divino Redentor cingindo a fronte de sua Mãe com uma coroa refulgente”.
Na última parte do documento
o Papa declara que tendo adquirido, após longas e maduras reflexões, a
convicção de que decorrerão para a Igreja grandes vantagens dessa verdade
solidamente demonstrada”, decreta e institui a festa
de Maria Rainha, e ordena que nesse dia se renove a consagração
do gênero humano do Coração Imaculado na Bem-Aventurada Virgem Maria “porque
nessa consagração repousa uma viva esperança de ver surgir uma era de
felicidade que a paz cristã e o triunfo da religião alegrarão”.
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