A
cidade de Montevergine foi fundada pelo padre da Congregação Beneditina, um
peregrino proveniente da Terra Santa, Guilherme de Vercelli (1085-1142), filho
de nobres que se tornou órfão e se converteu padre aos 15 anos de idade.
A história se inicia com a peregrinação de Guilherme
à Santiago de Compostela, quando após alguns anos retornou à Itália mantendo o
desejo de peregrinar à Jerusalém. Neste momento, uma aparição de Jesus lhe
aconselha a retornar à Irpinia e construir um santuário para a Virgem Maria no
lugar dedicado à Grande Mãe pagã.
Neste período, Guilherme firma-se sozinho por
algum tempo em Melfi e depois no Monte Serico, perto de Atella, onde, por sua
intercessão, Jesus opera o milagre de devolver a visão a um pobre cego. Após
este milagre, o padre conquista fama e admiração, o que se tornou um incômodo à
sua alma humilde, levando-o a tomar a decisão de continuar seguir sua peregrinação
à Jerusalém.
Neste caminho o padre pararia em Ginosa para
fazer uma visita a San Giovanni da Matera em seu monastério. O Santo Padre
(Giovanni da Matera) havia tido uma inspiração de Deus, que dizia que o Senhor
não queria o padre Guilherme no Oriente, mas sim no Ocidente onde poderia
exercer um bem maior.
Guilherme decidido em peregrinar a Jerusalém, não aceita o conselho de San
Giovanni e retoma seu caminho rumo à terra santa.
Dias depois, quando seguia seu caminho, alguns ladrões o encurralam e o
maltratam cruelmente fazendo com que ele compreendesse claramente que o desejo
de Deus sobre sua vida era diferente daquele que ele sonhara a caminho de
Jerusalém e então, toma a decisão de retornar a Ginosa.
De volta ao Monastério, ouve os conselhos de San Giovanni da Matera, por
intermédio de aparições de Deus e, desenha seu novo caminho, traçado pelo
Senhor.
A partir daí, segue solitariamente seu trajeto
que o leva ao Monte Virgem (Montevergine).
Batizado pelo beneditino, o monte foi chamado de Monte Virgem, pois tratava-se
de uma região que não havia sido ainda “contaminada” com as construções do
homem e, era um lugar perfeito para o padre que intencionava viver sozinho com
Deus numa vida de luz e fé, conforme as revelações do Senhor a San Giovanni.
“Sobre esta montanha, a 1270 metros acima do mar, em um pequeno vale criado do
encontro de dois declives dos montes, construa uma pequena vila e viva por um
ano sozinho, na mais absoluta solidão, dedicando-se a mais alta contemplação,
em contato com ursos e lobos, que, porém, não o farão mal”.
A solidão não durou muito tempo, o silêncio
foi interrompido por peregrinos que vieram ao padre Guilherme pedir que rezasse
por eles e os abençoasse. Tudo isso graças à fama conquistada pelo milagre
praticado anteriormente. Assim o reconhecimento de sua santidade rapidamente se
difundiu na região.
Muitos apareceram, admiraram-no e, tornaram-se seus discípulos. Por
consequência tornou-se necessária à construção de uma igreja e de um monastério
para a nova família religiosa da ordem dos beneditinos que nascia junto ao
Monte Virgem.
Certa vez, em suas meditações a imagem da Mãe, Virgem, apareceu ao santo padre,
pedindo que ali onde existia um santuário ao culto de Cibele, Deusa grega,
designada mãe dos deuses (símbolo de fertilidade) fosse construído um novo
santuário como louvor e adoração à rainha do céu.
Maria, rainha do Céu, recebeu o culto que
revelou a força da maternidade e, então o símbolo de uma mulher surgiu para
representar tal poder.
Durante
as construções da nova Igreja, um artista que participava das pinturas do
santuário, chamado Gualtiero cai e quebra um braço, todavia por intercessão de Guilherme
o pintor consegue se recuperar e finaliza a obra chamada de Madonna de São
Guilherme.
Esta
imagem foi o primeiro ícone exposto para veneração entre os peregrinos, e mais
tarde foi renomeada, sendo chamada de Madonna de Montevergine ou “Mamma
Schiavona” (Mãe negra) já que em sua imagem a pele apresenta cor escura.
O santo monástico, fundador de Montevergine, morre 25 de junho de 1142, provavelmente no mosteiro de San Salvador em Goleta.
Sob o comando do rei Angioini (1266-1435), a
igreja de estilo românico foi transformada em suas estruturas e, ampliada para
um estilo gótico.
O painel da Madonna original foi substituído pela atual imagem, centralizada no
altar e representada por uma virgem sentada em uma poltrona, cercada por anjos,
com uma criança em seu colo.
Cercada
de muitos milagres o painel atual chegou à Montevergine cercado por lenda e
devoção, pintado por São Lucas que dizia tê-la “conhecido” (aparição) e ousara
retratar esta Virgem Maria. Enquanto pintava seu rosto o curioso fato teria
ocorrido, adormecera e ao despertar na manhã seguinte sua imagem estava
concluída por intervenção celestial e misteriosa.
Oração
Santíssima
Virgem, quem durante séculos, se dignou de escolher e consagrar Montevergine como
seu santuário. Volva seus olhos misericordiosos sobre nós, prostrados aos seus
pés, nós lhe honramos e invocamos nessa imagem sagrada.
Ó Mãe
Amorosa de todos os fiéis, continue se mostrando a todos e a cada um de nós como
verdadeira Mãe, o que sempre foi mostrado até agora, mas faça com que nós nos
comportemos como seus filhos, verdadeiras crianças, amantes, obsequiosas e
devotadas .... Ave Maria.
Ó
Tesoureira da Caridade das Graças Divinas, coloque sua mão sobre nós, com toda
a confiança que lhe pedimos: a Senhora sabe bem quais e quantas são as necessidades
de nossas almas ... Ave Maria.
Ó Poderosa Advogado dos Pobres, nos ajude nos perigos, fortaleça-nos nas
tentações e mantenha-nos imunes a todo pecado, não se canse de interceder
continuamente pela salvação de nossas almas ao seu Filho, até que você nos
tenha
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