São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima
de artimanhas por pessoas
fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as
viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se
assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os
inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela,
ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus
inimigos. Foi então assassinado.
Canuto nasceu de uma das esposas ilegítimas do Rei Sweyn II da
Dinamarca. Ganhou proeminência como um líder do ataque à Inglaterra organizado
pelo rei em 1069. Em 1075, quando comandava outro ataque à Inglaterra, a frota
de que parar em Flanders, atual Bélgica, que era um aliado do país. Foi ali que
teria combinado o casamento com Adela, filha do Conde de Flandres. O casal teve
um filho, chamado Carlos, e duas meninas, Cecília e Ingrid.
Logo mostrou ser um rei decidido e devoto. Através de vários decretos
obrigou a uma observância mais estrita de feriados religiosos e aumentou a
autoridade da Igreja. Fez enormes doações que permitiram a construção de várias
igrejas e procurou, principalmente entre os nobres, obrigar ao pagamento do dízimo.
Também editou leis que protegiam os trabalhadores livres e mercadores
estrangeiros. Lutou contra piratas que atacavam as cidades costeiras e contra
práticas pagãs que eram comuns no reino, construiu hospitais para os pobres e
distribui seu tesouro para ajudar os necessitados.
Com suas atitudes, acabou provocando a ira dos mais nobres, que
liderados por seu irmão Olaf, obrigaram-no a fugir para a ilha de Funen. Em 10
de Julho de 1086, enquanto São Canuto, seu irmão Benedito e outros 17
seguidores participavam da Missa na igreja de Santo Albano, a igreja foi
cercada por um bando de revoltosos que decidiram matar o Rei mesmo dentro do
templo. Após receber a Eucaristia, Canuto foi morto em frente ao altar da
Igreja, assim como todos que o acompanhavam. Suas últimas palavras teriam sido
de perdão contra o irmão Olaf e seus assassinos.
Logo após sua morte surgiram relatos de curas milagrosas por doentes que
visitaram sua tumba ou o altar da igreja. Em 1100, o Papa Clemente X reconheceu
as virtudes heroicas e santidade do Rei Canuto, proclamando-o protetor da
Dinamarca. Atualmente seus restos mortais encontram-se na Catedral de São
Canuto, em Odense. Em 2008, exames atestaram que uma lança foi cravada em seu abdômen,
quase atravessando-o totalmente, conforme relata a tradição.
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