Tornou-se o patrono de uma
cidade ainda vivo. Nunca foi visto uma coisa dessas e com tanta solenidade. Na
cidade de Lecce, no verão de 1616 o padre jesuíta Bernardino Realino estava
morrendo, 42 anos depois que chegou à cidade. Os governantes da Câmara Municipal,
foram visitá-lo "em corpo", isto é, todos juntos, de forma oficial.
E fazem um pedido espantoso:
querem que ele seja o protetor da cidade, de geração em geração, para sempre. O
moribundo concorda, pacífico e feliz. Por outro lado, já é amigo, conselheiro e
ajudante dos cidadãos - já é o seu "patrono" - por mais de quatro
décadas. Embora não seja de Lecce.
Bernardino Realino, nascido
em uma família ilustre de Carpi, fez seus primeiros estudos em casa, e, em
seguida, foi enviado para a Academia em Modena, na época um dos centros
culturais mais destacados da Itália. Nos estudos ele se dedica a tudo:
literatura clássica e, em seguida, em filosofia, em seguida, novamente em
medicina. Finalmente, aos 26 anos, formou-se em direito civil e canônico.
Bernardino começa pela
estrada de "cargo público". Começa como prefeito em Felizzano
Monferrato, em seguida, vai para Alexandria como "advogado do
imposto" (uma espécie de Ministério Público). Depois de outras atribuições
em Piedmont, ele entrou para o serviço do governo vice-real, em Nápoles.
Aqui, no entanto, a sua
carreira é interrompida. Bernardino Realino tem um encontro com a Virgem Maria,
que lhe aparece entregando o Menino Jesus em seus braços. Imediatamente ele
resolve abandonar tudo e entrar para a Companhia de Jesus. Após 3 anos de
estudos de teologia, é ordenado sacerdote e se tornou o mestre de noviços
jesuítas. Sete anos depois, em Lecce, cria uma faculdade para a qual vai se
dedicar até a morte.
Mas é também dedicado ao
povo de Lecce, ricos e pobres, instruídos e ignorantes, todos atordoados com a
sua paciência inflexível em lidar com situações, necessidades, misérias, onde
se empenha em oferecer um dinamismo que é tão prodigioso que lhes são
atribuídos vários milagre.
Visitava doentes, hospitais,
prisões, fazia conferências, catequizava, evangelizava. Em breve era o homem de
Lecce, que as famílias convidavam para almoçar ou jantar e gostavam de ter ao
lado.
São Bernardino Realino amava muito particularmente os animais. Doía-lhe o coração quando via um passarinho aprisionado numa gaiola. Acercava-se, então, do dono, e negociava a ave. De posse do passarinho, acabava a tristeza e o soltava, atirando-o carinhosamente para o azul do céu, para a liberdade. Logo, porém, uma nuvem de tristeza ensombrecia-lhe o rosto: quantas avezinhas havia pelo mundo a viver encarceradas?
Pelo inverno, espalhava grãos e migalhas de pão pelo pátio da casa em que morava, e um bando de passarinhos visitava-o todos os dias. Sem cerimônia, pousavam-lhe pelos ombros, na cabeça a cantar alegremente, chegando mesmo a entrar no quarto de estudo do santo e a pousar sobre a mesa, os livros e os papéis. E Bernardino, muito admirado e desvanecido, agradecia ao Criador aquela bondade.
Morre aos 86 anos, sendo considerado modelo de educador, Possuindo o dom da cura e do conselho, foi procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.
São Bernardino Realino amava muito particularmente os animais. Doía-lhe o coração quando via um passarinho aprisionado numa gaiola. Acercava-se, então, do dono, e negociava a ave. De posse do passarinho, acabava a tristeza e o soltava, atirando-o carinhosamente para o azul do céu, para a liberdade. Logo, porém, uma nuvem de tristeza ensombrecia-lhe o rosto: quantas avezinhas havia pelo mundo a viver encarceradas?
Pelo inverno, espalhava grãos e migalhas de pão pelo pátio da casa em que morava, e um bando de passarinhos visitava-o todos os dias. Sem cerimônia, pousavam-lhe pelos ombros, na cabeça a cantar alegremente, chegando mesmo a entrar no quarto de estudo do santo e a pousar sobre a mesa, os livros e os papéis. E Bernardino, muito admirado e desvanecido, agradecia ao Criador aquela bondade.
Morre aos 86 anos, sendo considerado modelo de educador, Possuindo o dom da cura e do conselho, foi procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.
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