A fome de santidade e beleza e o perdão libertador,
sintetizam a vida desta polonesa corajosa, filosofa, pesquisadora, contadora de
histórias, que renunciou a um casamento e deu a sua vida a Cristo na câmara de
gás. Quis defender os pilares que acompanhavam a sua vida, acompanhando os mais frágeis e necessitados.
Natalia Tulasiewicz nasceu
na região de Rzeszów na Polônia em 9 de abril de 1906. Cresceu em um ambiente
familiar católico e não perde os valores aprendidos no lar quando se instala na
cidade de Poznan, para exercer a função de professora leiga. Pelo contrário,
Natalia entendeu que a vida e a fé caminham lado a lado e que a santidade pode
ser vivida no cotidiano.
Natalia se une ao grande
movimento de apostolado laico convertendo-se em uma entusiasta animadora.
Em meados de setembro de 1939,
a católica Polônia sofre um dos períodos mais dolorosos
de sua história. Quase simultaneamente é invadida pelo oeste pela Alemanha
nazista de Hitler e pelo leste pelo Exército Vermelho soviético de Stalin.
Estes dois regimes eram abertamente contrários ao catolicismo e num lapso de
poucos anos exterminaram mais de seis milhões de poloneses.
Natalia, como toda a sua
geração, presencia impotente a sua nação ser aniquilada. Ela confiava em Deus e
sabia que o mal nunca tem a última palavra, ainda que por momentos pareça
invencível. Cheia de valor se entrega a infundir esperança entre seus
compatriotas, animando-os a esperar no Senhor e a se entregar a sua proteção.
Porém seu apostolado não ficou só nos conselhos ao tomar conhecimento que
muitas mulheres polonesas estavam sendo enviadas para a Alemanha para realizar
trabalhos forçados, ela parte livremente com elas para poder ajudá-las
espiritualmente.
Em abril de 1944 a Gestapo,
a polícia secreta política do regime nazista, descobre sua ação e a prendeu. Foi
atrozmente torturada e humilhada publicamente e enviada ao campo de
concentração de Rawensbrück, perto de Brandeburgo.
Era Sexta-feira Santa de
1945, suas forças são poucas devido aos maus tratos sofridos; entretanto, esta
admirável mulher sai de sua barraca e proclama um emocionante discurso sobre a
Paixão e Ressurreição de Nosso Senhor que enche de esperança os prisioneiros.
Nosso Senhor tem um belo
gesto de ternura para com sua filha Natalia, pois dois dias depois, 31 de
março, Domingo de Páscoa, ela é transladada para a câmara de gás, onde entrega
sua alma.
Em 13 de junho de 1999, o
Papa João Paulo II, beatificou 108 vitimas da perseguição nazista, entre os
quais se encontrava a leiga Natalia Tulasiewicz. Ela é comemorada no
Martirologio Romano no dia 31 de março
Nenhum comentário:
Postar um comentário