Madre Ângela e suas companheiras, durante a Guerra Civil
Espanhola, viviam em condições semiclandestinas na casa da congregação, passando
o tempo em oração e com algumas pequenas formas de apostolado. Muitas vezes, os
milicianos foram lá para persegui-las, mas Madre Ângela pedia continuamente a
suas companheiras: "Todos os males
e as mercadorias são medidos, pesados e contados por aquele que pode usá-los
para nosso próprio bem." "Ele não vai nos dar um peso que não podemos
levantar, nem vai nos deixar em paz sem carregar o peso da tribulação".
"Vamos nos ajudar mutuamente nos momentos de angústia que estamos
passando, e se for a vontade de Deus, vamos nos juntar a Ele no abraço eterno
do céu."
Na noite de 19 de novembro de 1936 um ônibus chegou para
levá-las na sua jornada final. Elas deixaram a casa orando, encorajando e
perdoando umas às outras. O destino final era a administração de Paterna, a cerca
de seis quilômetros de Valência. Lá, por volta de uma da manhã do dia 20 de
novembro, foram baleadas, quando falaram palavras de perdão. A última a cair
foi Madre Maria do Sufrágio, gritando: "Viva Cristo Rei!", em nome de
todas.
Eis
a relação das vítimas:
Francisca Honorata Lloret
Martì nasceu em 16 de janeiro de 1875 em Villajoyosa (Valência), filha de
Francisco e Carmem. Tendo conseguido o diploma de professora, começou a
lecionar. Em 1903 entrou na Congregação da Doutrina Cristã, adotando o nome de Ângela de São José, e exerceu as
funções de superiora local, secretária geral e superiora geral. Exercia esse
último cargo quando sofreu o martírio com as coirmãs, na noite de 20 de
novembro de 1936, na administração de Paterna.
Maria
do Sufrágio: nasceu em 9 de fevereiro de 1888 em Altea
(Alicante), filha de Gaspar e Rosária. Estudou privadamente, entrando na
congregação em 1922. Foi superiora local, mestra de noviças e vigária geral;
Maria
de Montserrat: nasceu em 2 de novembro de 1860 em Molina de
Rey (Barcelona), filha de João e Maria. Entrou na congregação em 1882, pouco
depois da fundação desta. Exerceu o cargo de superiora geral por 33 anos;
Teresa
de São José: nasceu em 20 de maio de 1876 em Benifayo de
Espioca (Valência), filha de José e Rosa. Entrou na congregação em 1889.
Exerceu os cargos de mestra de noviças e superiora local;
Isabel Ferrer Sabriá:
nasceu em 15 de novembro de 1852 em Villanueva y Geltrù (Barcelona), filha de
José e Mariana. Foi cofundadora da congregação em 1880. Exerceu o cargo de
superiora local;
Maria
da Assunção: nasceu em 12 de julho de 1859 em Ulldecona
(Tarragona), filha de Pedro e Isabel. Entrou na congregação em 1885. Exerceu o
cargo de superiora local;
Maria
Conceição: nasceu em 8 de novembro de 1861 em Carlet (Valência),
filha de Vicente e Maria. Entrou na congregação em 1885;
Maria
Graça Paula de Santo Antônio: nasceu em 1° de junho de
1869 em Valência, filha de Vicente e Leonarda. Entrou na congregação em 1900.
Dedicou-se ao ensino;
Maria
do Coração de Jesus: nasceu em 6 de fevereiro de 1881 em
Valência, filha de João e Vicenza. Conseguiu o diploma de mestra entrando
na congregação em 1906. Exerceu sempre a função de professora e foi
diretora local do colégio;
Maria
do Socorro: nasceu em 13 de março de 1885 em San Martin
de Provenzals (Barcelona), filha de Jesus e Salvadora. Órfã de mãe desde a
primeira infância, foi educada na casa de misericórdia. Entrou na congregação
em 1907;
Maria
Dolores: nasceu em 17 de fevereiro de 1899 em Barcelona, filha de
Gerardo e Caridade. Órfã de mãe desde a primeira infância, entrou na
congregação em 1918.Se dedicou ao ensino;
Inácia
do Santíssimo Sacramento: nasceu em 1862 (se ignora o dia, porque
os arquivos paroquiais foram perdidos). Entrou na congregação em 1889;
Maria
do Rosário: nasceu em 25 de novembro de 1855 em Sueca (Valência),
filha de Mariano e Leandra. Entrou na congregação em 1893, era irmã cozinheira;
Marcela
de São Tomás: nasceu na província de Albarete, entrando na
congregação em 1934. Era dedicada ao ensino;
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