Santa Eulália, filha de pais
ilustres da Espanha, nasceu pelos fins do século dois. Já na meninice deu
sinais inequívocos de alma privilegiada. Inimiga da vaidade e dos divertimentos
geralmente queridos pela mocidade feminina, Eulália procurou unicamente agradar
ao Esposo Divino e adornar a alma de virtudes cristãs.
Tendo apenas doze anos de
idade deu provas de coragem admirável, na defesa da honra do divino Esposo.
Quando, em 304, o imperador Maximiano começou uma cruel perseguição contra os
cristãos, Eulália sentiu o coração tomado de ardente desejo de oferecer a Jesus
o sacrifício da sua vida. Para não expor a filha ao perigo que a ameaçava, os
pais procuraram moderar o entusiasmo da menina e esconderam-na numa casa longe
da cidade.
Inútil foi a preocupação. O
amor de Deus e o desejo do martírio eram tão fortes na alma da jovem, que esta,
iludindo a vigilância dos parentes e aproveitando-se do silêncio e das trevas
da noite, fez a viagem de algumas horas, para chegar à cidade.
Sem demora se dirigiu ao
palácio do juiz e, estando na presença do executor das ordens imperiais,
acusou-o por causa da sua idolatria. O Pretor, pasmo de ver tamanha coragem em
uma jovem de tão pouca idade, entregou-a aos soldados para que a castigassem.
Prevalecendo-lhe, porém, por
um momento os sentimentos humanos na alma, já acostumados às crueldades da
carnificina, procurou ganhar a simpatia de Eulália e ganhá-la para a religião
oficial. Eulália, porém, em vez de responder à voz que tentava seduzi-la,
atirou para longe o turíbulo, com que devia incensar as imagens das divindades.
Foi o bastante para ser
entregue à tortura. Com ferros em brasa os algozes queimaram seu corpo. Esta,
cheia de alegria e gratidão para com Deus, exclamou em alta voz:
“Agora, meu Jesus, vejo em meu corpo os traços da Vossa
Sagrada Paixão”.
Tendo aplicado ainda outros
tormentos, os algozes recorreram finalmente ao fogo e no meio das chamas
Eulália entregou o espírito a Deus. O historiador Prudêncio, a quem devemos
a narração do martírio de Santa Eulália, diz que o próprio algoz viu a alma da
mártir, em forma de pomba, subir ao céu.
Eulália morreu em 304 e seu
corpo repousa na Igreja de Merida, onde sofreu o martírio.
São Gregório de Tours conta
que no adro daquela Igreja existiam três árvores, que no dia da festa de Santa
Eulália, se cobriam de flores aromáticas, as quais, aplicadas a doentes,
deram-lhes cura das moléstias.
Que alegria ter este exemplo de fé e amor aDeus como padroeira da minha paróquia de sei
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