Um
genocídio. A matança dos inocentes. A Igreja os recorda no dia 28 de
dezembro, unidos ao Natal, porque eles não morreram por Cristo, mas no
lugar de Cristo.
Herodes disse aos Magos do Oriente que ele
estava muito interessado no rei que tinha acabado de nascer e pediu-lhes para
informá-lo sobre este rei em seu retorno para também ir adorá-lo. A estrela
guiou os Magos até a criança e, cumprida sua missão, voltaram para seus países
de origem por outros caminhos, pois um anjo lhes avisou em sonhos que Herodes
queria matar Jesus.
Desapontado com os Magos, Herodes mandou
matar todas as crianças menores de dois anos com o desejo de acabar com aquele
Rei nascido em Belém, que colocava em perigo seu próprio reinado.
Quantos foram? Hoje, sabe-se que Belém
não devia ter mais de mil habitantes e que a este número, provavelmente,
corresponderia uma população de 20 meninos.
Ain Karen é uma cidade perto de Jerusalém.
Segundo a tradição, é o lugar da “Visitação” e do nascimento de João Batista.
Este era mais velho do que Jesus apenas seis meses e existe a lenda de que
também ao ser vítima de Herodes. Perseguida por soldados assassinos, sua mãe
Isabel buscou uma rocha no monte atrás da qual ocultou seu pequeno João antes
que os soldados a alcançassem.
Quando os soldados a alcançaram, procuraram
até atrás da rocha, mas não viram nada. Quando saíram, Isabel correu para
buscar seu menino e descobriu que a rocha tinha aberto um espaço para dar lugar
em seu interior ao pequeno perseguido e, assim, salvou João Batista. Na
Basílica da Visitação, sobre o monte, guarda-se uma estranha rocha que recorda
esta história.
A celebração litúrgica deve nos recordar não
apenas o fato histórico daquelas crianças assassinadas no lugar de Cristo, mas
também o acontecimento diário de todos aqueles inocentes perseguidos e
assassinados entre nós. Os humanos somos capazes de monstruosidades que nos
envergonham.
Seguimos assassinando por motivos religiosos,
políticos, econômicos e, cada vez que denunciamos um desses crimes, clamamos
indignados “Nunca mais!”, para, em seguida, repetir a história. Não
permaneçamos indiferentes ante esses genocídios, despertemos em nós a
solidariedade e unamos nossas vozes e nossas ações às desses inocentes que
seguem morrendo no lugar de Cristo.
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