quinta-feira, 9 de abril de 2015

Beato Tomás de Tolentino e companheiros

Entre os missionários pioneiros que se empenharam em propagar o cristianismo no Extremo Oriente no começo do século XIV estava o franciscano Tomás de Tolentino, cuja memória é ainda venerada pelos fiéis da Índia, o país onde ele recebeu a coroa do martírio.
Por volta de 1260 Tomas nasceu em Tolentino, cidade da região italiana de Marche, cujo nome está ligado aos santos sendo também o local de nascimento do famoso agostiniano São Nicolau de Tolentino.

Com 17 anos entra na Ordem Franciscana e começou a ser conhecido como um homem verdadeiramente apostólico, e quando o soberano da Armênia enviou mensageiros ao ministro geral dos minoritas, pedindo-lhes alguns sacerdotes para fortalecer a verdadeira religião em seu reino, Tomás foi escolhido para essa missão com mais quatro de seus irmãos de Ordem.

Seus trabalhos foram coroados de êxito, reconciliando muitos cismáticos e convertendo muitos infiéis. Entretanto,  achando-se a Armênia seriamente ameaçada pelos sarracenos, Tomás voltou à Europa, para solicitar ajuda junto ao Papa Nicolau IV e aos reis da Inglaterra e França.

Embora voltasse à Armênia, como estava determinado, contudo, Tomás estendeu sua viagem até o interior da Pérsia. De novo foi chamado de volta ou enviado à Itália, desta vez, porém, com a finalidade de apresentar um informe ao Papa Clemente V, com vistas a estender sua atividade até à Tartária e à China. Sua embaixada resultou na nomeação de uma hierarquia eclesiástica que consistia em João de Montecorvino como arcebispo e legado papal para o Oriente, e sete franciscanos como seus sufragâneos.

Nesse meio tempo, o Beato Tomás voltara ao seu campo de trabalho, cheio de zelo pela conversão da índia e da China. Parece que se dirigiu ao Ceilão e Catai, mas ventos contrários empurraram o navio para a ilha Salsete, vizinha a Bombaim. Aqui, então, na cidade de Thana, será onde Beato Tomás de Tolentino e seus irmãos encontrarão a morte, por terem proclamado abertamente sua fé cristã diante do juiz muçulmano da cidade.

Os nossos quatro frades foram chamados ao tribunal como testemunhas em uma briga de família que tinham assistido. Convidados pelo juiz e pelos muçulmanos presentes a apresentarem a sua fé, nossos missionários disseram sem rodeios sobre a divindade de Jesus Cristo, o Salvador dos homens, e declararam Maomé filho da perdição, condenado a queimar no inferno, um lugar que iria acompanhar todos os seus seguidores.
Obviamente essas respostas exasperaram seus interlocutores, que imediatamente os condenaram à morte por suas declarações.

Tomás e seus três irmãos, foram encarcerados. Depois de açoitados e expostos aos raios abrasadores do sol, os santos homens foram decapitados.
O Beato Odorico de Pordenone recuperou depois o seu corpo e o trasladou para Xaitou. O seu culto foi aprovado em 1894.


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