Macário viveu um momento
muito importante como bispo: terminara a última perseguição anticristã,
ordenada e depois suspensa pelo imperador Galério, entre os anos 305 a 311. Depois
de Galério foram imperadores Constantino e Licínio, que concederam aos cristãos
plena liberdade para praticarem a fé, para celebrarem seu culto e também, para
construírem suas igrejas.
Trata-se da "paz
constantiniana" que se estendeu a todo Império e inclusive à Jerusalém,
onde, o bispo Macário se pôs a trabalhar.
São poucos os dados
registrados sobre sua origem e de boa parte de sua vida, Macário cujo
nome tem um significado interessante, quer dizer: "feliz",
"iluminado", foi indicado Bispo de Jerusalém em 314. Ele conviveu com
Santa Helena, a mãe do Imperador Constantino, que exerceu importante influência
sobre seu filho. Já idosa e cansada, ela foi para a Palestina, onde
supervisionou a construção de basílicas, como a da Natividade e a do Santo
Sepulcro.
Macário obteve do imperador, autorização para demolir o
Capitólio Romano, construído na área em que ficavam o Calvário e o Sepulcro do
Senhor. Em cima desse local, foi construída mais tarde a grandiosa Basílica da
Ressurreição. De acordo com a tradição, Macário estava com Santa Helena quando
ela encontrou as três cruzes da crucificação de Jesus e dos dois ladrões, e
sugeriu que uma mulher seriamente doente tocasse em cada uma das cruzes.
Segundo ela, a mulher ficaria curada quando tocasse a cruz de Jesus, o que
realmente aconteceu.
Macário foi encarregado pelo Imperador Constantino para
construir uma igreja sobre o sepulcro de Cristo e supervisionou a construção da
Basílica, que foi consagrada em 13 de setembro de 335. Logo depois ele faleceu,
de causas naturais, no dia 10 de março de 335.
Macário se notabilizou também por sua luta contra o
arianismo. Na época, essa doutrina provocou grande ruptura no mundo cristão. A
firmeza com que o Concilio de Nicéia tratou o assunto decorreu, em grande
parte, da postura e da ação de Macário.
Os registros mostram ainda que o bispo Macário foi um dos
autores do símbolo niceno, ou seja, do Credo que até hoje pronunciamos durante
a celebração da Santa Missa, onde professamos a fé ”em um só Deus, Pai
Onipotente” e ”em um só Senhor, Jesus Cristo... Deus verdadeiro de
Deus Verdadeiro”.
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