quarta-feira, 22 de maio de 2019

22 de maio - Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Jo 15,4


O Evangelho de hoje, abre-se com a imagem da vinha. Jesus disse aos seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor”. Na Bíblia, Israel é muitas vezes comparado com a vinha fecunda, quando é fiel a Deus; mas, quando se afasta d’Ele, torna-se estéril, incapaz de produzir aquele vinho que alegra o coração do homem.

A vinha verdadeira de Deus, a videira verdadeira é Jesus que, com o seu sacrifício de amor, nos oferece a salvação, nos abre o caminho para fazermos parte desta vinha. E do mesmo modo como Cristo permanece no amor de Deus Pai, assim também os discípulos, sabiamente podados pela Palavra do Mestre, se estiveram unidos de modo profundo a Ele, tornam-se ramos fecundos, que produzem uma colheita abundante. São Francisco de Sales escreve: O ramo unido e vinculado ao tronco produz fruto não pela sua própria virtude, mas em virtude do cepo: pois bem, nós fomos unidos pela caridade ao nosso Redentor, como os membros à cabeça; eis por que motivo... as boas obras, haurindo o seu valor d’Ele, merecem a vida eterna.

No dia do nosso Batismo, a Igreja enxerta-nos como ramos no Mistério Pascal de Jesus, na sua própria Pessoa. Desta raiz nós recebemos a linfa preciosa para participar na vida divina.

Como discípulos, também nós, com a ajuda dos Pastores da Igreja, crescemos na vinha do Senhor, vinculados pelo seu amor. Se o fruto que devemos produzir é o amor, o seu pressuposto consiste precisamente neste “permanecer”, que tem profundamente a ver com aquela fé que não deixa o Senhor. É indispensável permanecermos sempre unidos a Jesus, dependermos d’Ele, porque sem Ele nada podemos fazer.

Numa carta escrita a João, o Profeta, que viveu no deserto de Gaza no século v, um fiel formula a seguinte pergunta: como é possível manter unidos a liberdade do homem e o fato de nada podemos fazer sem Deus? E o monge responde: se o homem inclina o seu coração para o bem, e pede ajuda a Deus, recebe a força necessária para realizar a própria obra. Por isso, a liberdade do homem e o poder de Deus procedem juntos. Isto é possível, porque o bem provém do Senhor, mas ele é levado a cabo graças aos seus fiéis.

Papa Bento XVI  – 06 de maio de 2012

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