Este
trecho é decisivo, e com efeito suscita a reação dos ouvintes, que se põem a
discutir entre si: Como pode este Homem
dar-nos de comer a sua carne? Quando o sinal do pão partilhado leva ao
significado verdadeiro, ou seja, o dom de si até ao sacrifício, sobressai
a incompreensão, emerge até a rejeição d’Aquele que pouco antes o povo queria
levar ao triunfo. Recordemo-nos que Jesus teve que se esconder, porque o
queriam fazer rei.
Jesus
prossegue: Se não comerdes a carne do
Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos.
Aqui, juntamente com a carne, aparece também o sangue. Na linguagem bíblica,
carne e sangue exprimem a humanidade concreta. O povo e os próprios discípulos
intuem que Jesus os convida a entrar em comunhão com Ele, a “alimentar-se”
d’Ele, da sua humanidade, para partilhar com Ele o dom da vida para o mundo. Ao
contrário de triunfos e miragens de sucesso! É precisamente o sacrifício de
Jesus que se doa a si mesmo por nós.
Este pão de vida, sacramento do Corpo e
do Sangue de Cristo, é-nos doado gratuitamente na mesa da Eucaristia.
Ao redor do altar, encontramos aquilo que nos alimenta e nos sacia
espiritualmente hoje e para a eternidade.
Cada
vez que participamos na Santa Missa, num certo sentido, antecipamos o Céu na
terra, porque do alimento eucarístico, o Corpo e o Sangue de Jesus, aprendemos
o que é a vida eterna. Ela significa viver pelo Senhor: Aquele que comer a minha carne viverá por mim, diz o Senhor. A
Eucaristia plasma-nos a fim de não vivermos unicamente para nós mesmos, mas
pelo Senhor e pelos irmãos. A felicidade e a eternidade da vida dependem da
nossa capacidade de tornar fecundo o amor evangélico que recebemos na
Eucaristia.
Papa
Francisco– 19 de agosto de 2018
Hoje celebramos:
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