Estamos
na sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus pronuncia o seu famoso discurso depois da
multiplicação dos pães. A multidão tinha procurado fazê-lo um rei, mas Jesus
retirou-se, primeiro no monte com Deus, com o Pai, e depois em Cafarnaum. Dado
que não O via, começou a procurá-lo, subiu para os barcos para chegar à outra
margem do lago e, finalmente, encontrou-O. Mas Jesus sabia bem o motivo de
tanto entusiasmo no seu seguimento e diz de modo claro: vós procurais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes os
pães e ficastes fartos. Jesus quer ajudar a multidão a ir além da
satisfação imediata das próprias necessidades materiais, por mais importantes
que sejam. Deseja abrir a um horizonte da existência que não é simplesmente o
das preocupações quotidianas do comer, do vestir, da carreira. Jesus fala de um
alimento que não perece, que é importante procurar e receber. Ele afirma: Trabalhai, não pelo alimento que perece,
mas por aquele que dura até à vida eterna, que o Filho do Homem vos dará.
A
multidão não compreende, e pergunta: Que
devemos fazer para praticar as obras de Deus? A resposta de Jesus é clara: A obra de Deus é esta: que acrediteis
naquele que Ele enviou.
O
centro da existência, aquilo que dá sentido e esperança firme ao caminho muitas
vezes difícil da vida é a fé em Jesus, o encontro com Cristo. Também nós
perguntemos: Que devemos fazer para ter
a vida eterna? E Jesus diz: Acreditai
em mim.
A
fé é o elemento fundamental. Não se trata aqui de seguir uma ideia, um
programa, mas de encontrar Jesus como uma Pessoa viva, de se deixar comprometer
totalmente por Ele e pelo seu Evangelho. Jesus convida a não se limitar ao
horizonte puramente humano e a abrir-se ao horizonte de Deus, ao horizonte da
fé. Ele exige uma única obra: aceitar o plano de Deus, ou seja, acreditar
naquele que Ele enviou.
Papa
Bento XVI – 05 de agosto de 2012
Hoje celebramos:
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