É
no Senhor Jesus que se mostra plenamente o rosto benévolo do Pai que está nos
céus. É conhecendo-o que podemos conhecer também o Pai, é vendo-o que podemos
ver o Pai, porque Ele está no Pai, e o Pai está nele. Ele é imagem do Deus invisível, como o define o hino da Carta
aos Colossenses, primícias de toda a criação... primogênito daqueles que
ressuscitam dos mortos, por meio do qual nós recebemos a redenção, o perdão dos
pecados e a reconciliação de todas as coisas, dado que resgatou com o sangue da
sua cruz tanto as coisas que estão na terra, como aquelas que estão nos céus.
A
fé em Deus Pai requer que acreditemos no Filho, sob a ação do Espírito,
reconhecendo na Cruz que salva a revelação definitiva do amor divino. Deus é
nosso Pai, oferecendo-nos o Filho; Deus é nosso Pai, perdoando o nosso pecado e
levando-nos à alegria da vida ressuscitada; Deus é nosso Pai, doando-nos o
Espírito, que nos torna filhos e nos permite chamar-lhe, na verdade, Abá, Pai! Por isso Jesus, ensinando-nos
a rezar, convida-nos a dizer: Pai nosso.
Então,
a paternidade de Deus é amor infinito, ternura que se debruça sobre nós, filhos
frágeis, necessitados de tudo. O Salmo 103, o grande cântico da
misericórdia divina, proclama: Assim
como um pai tem piedade dos seus filhos, do mesmo modo o Senhor tem compaixão
daqueles que o temem, porque Ele sabe do que somos feitos, e não se esquece de
que somos pó. É próprio da nossa pequenez, a nossa frágil natureza humana,
a nossa caducidade que se torna apelo à misericórdia do Senhor, para que
manifeste a sua grandeza e ternura de Pai ajudando-nos, perdoando-nos e
salvando-nos.
Papa
Bento XVI – 30 de janeiro de 2013
Hoje celebramos:
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