sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Terceiro Dia do Tríduo de Santa Teresinha do Menino Jesus

SINAL DA CRUZ:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia
  
HINO
Raiando o novo dia,
as vozes elevamos,
de Deus a graça e glória
em Cristo proclamamos.

Por ele o Criador
compôs a noite e o dia,
criando a lei eterna
que os dois alternaria.

A vós, Luz dos fiéis,
nenhuma lei domina.
Fulgis de dia e noite,
clarão da luz divina.

Ó Pai, por vossa graça,
vivamos hoje bem,
servindo a Cristo e cheios
do vosso Espírito. Amém.

Responsório:
R. A alegria cantará sobre meus lábios,
* E a minh'alma libertada exultará. R. A alegria.
V. Também celebrarei vossa justiça. * E a minh'alma.
Glória ao Pai. R. A alegria.

OREMOS:
Ó Deus, que preparais o vosso Reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.

Vida de Santa Teresinha:
Essa é nossa Teresinha que aos 9 anos de idade desejou ser religiosa Carmelita e com uma permissão especial do Papa Leão XIII, realizou o seu desejo aos 15 anos de idade. Entrou no mosteiro das Carmelitas de Lisieux e praticou de modo exemplar a caridade, a simplicidade evangélica e a confiança em Deus. "Passarei meu céu fazendo o bem na terra", era seu desejo. Certa vez soube que um homem havia sido condenado à morte por ser criminoso. Este homem estava revoltado contra Deus e contra todos. Teresinha começou a rezar e fazer sacrifícios para que antes de morrer voltasse seu coração para Deus... E foi com grande alegria que ficou sabendo que no momento antes de morrer aquele homem pediu o crucifixo e com profunda reverência e respeito o beijou. Era um sinal do céu! Tinha se convertido! Estava salvo.
E assim foi durante toda a sua vida, quando adoeceu com tubérculo se oferecendo suas dores e cansaços pelos missionários. Faleceu no dia 30 de Setembro de 1897. Foi uma religiosa carmelita, missionária da oração, do sofrimento e do amor. Teresinha transformou a vida fechada no convento em luz, a dor em amor, o pequeno em grande, a terra em céu, o tempo em eternidade, a vida contemplativa de convento de clausura num horizonte missionário, em Igreja Universal.
Nunca foi para as missões. No entanto o Papa Pio XI a nomeou Padroeira das Missões e dos missionários, junto com São Francisco Xavier.
  
Palavra de Deus – Mc 4,1-20
E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:
Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
E aconteceu que semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;
E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda;
Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.
E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto.
E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem.
E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E, quando se achou só, osque estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
O que semeia, semeia a palavra;
E, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.
E da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
Mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam.
E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
E estes são os que foram semeados em boa terra, os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um trinta, e outro sessenta, e outro cem.

Pensamento De Santa Teresinha:
Disse, na manhã de sua morte: “eu não me arrependo de me ter abandonado ao amor”, e na iminência de sua morte disse às religiosas que estavam à sua volta: "Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!".
Que motivados por esta tão bonita frase, façamos o nosso compromisso de dar uma rosa a uma pessoa da família e para outra pessoa.

Oração Final:
Ó Santa Teresinha, fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes para com nosso Pai do céu. Ah! Não permitais que ofendamos pelo pecado, que O contristemos pela desconfiança! Assisti-nos em todos os perigos e necessidade; socorrei-nos em todas as aflições; alcançai-nos todas as graças espirituais e temporais, particularmente (...), valei-nos na vida e na morte.
Ó Santa Teresinha lembrai-vos que prometestes passar o vosso céu fazendo o bem na terra, sem descanso até ver completo o número de eleitos. Ah! Cumpri em vós nossa promessa: sede nosso anjo protetor na travessia desta vida e não descanseis até que nos vejais no céu cantando ao vosso lado eternamente as ternuras do amor misericordioso do coração de Jesus. 
Amem!

Oração do Pai Nosso
Oração da Ave Maria
Glória ao Pai

São Jerônimo


"Jerônimo nasceu em Stridone em 347, de uma família cristã, que lhe assegurou uma


formação apurada, enviando-o a Roma para aperfeiçoar seus estudos. Quando jovem, sentiu a atração pela vida mundana, mas prevaleceu nele o desejo e o interesse pela religião cristã.

Recebeu o batismo em 366, orientou-se à vida ascética e foi viver em Aquileia, inserindo-se num grupo de fervorosos cristãos, por ele definido quase como «um coro de beatos» reunido em torno do Bispo Valeriano. Partiu depois para o Oriente e viveu como eremita no deserto de Calcide, ao sul de Aleppo, dedicando-se seriamente aos estudos.

Aperfeiçoou seu conhecimento do grego, iniciou o estudo do hebraico, transcreveu códigos e obras patrísticas. A meditação, a solidão, o contato com a Palavra de Deus fizeram-no amadurecer sua sensibilidade cristã. Sentiu fortemente o peso das transgressões juvenis e experimentou vivamente o contraste entre a mentalidade pagã e a vida cristã: um contraste que ficou famoso pela dramática e vivaz «visão», da qual ele nos deixou o relato. Nela, pareceu-lhe ser flagelado na presença de Deus, porque era «ciceroniano e não cristão». (porque se dedicava mais a leitura dos clássicos do que a Palavra de Deus)

Em 382 transferiu-se a Roma: aqui, o Papa Damaso, conhecendo sua fama de asceta e sua competência de estudioso, nomeou-o secretário e conselheiro; encorajou-o a empreender uma nova tradução latina dos textos bíblicos por motivos pastorais e culturais.
Algumas pessoas da aristocracia romana, sobretudo nobres mulheres como Paula, Marcella, Asella, Lea e outras, desejando empenharem-se no caminho da perfeição cristã e de aprofundar seu conhecimento da Palavra de Deus, escolheram-no como seu guia espiritual e mestre na aproximação metódica dos textos sacros. Estas nobres mulheres aprenderam também o grego e o hebraico.

Depois da morte do Papa Damaso, Jerônimo deixou Roma em 385 e lançou-se em peregrinação, primeiramente à Terra Santa, silenciosa testemunha da vida terrena de Cristo, depois para o Egito, terra de escolha de muitos monges.

Em 386 firmou-se em Belém, onde, pela generosidade da Sra. Paula, foram construídos um mosteiro masculino, um feminino e uma hospedaria para os peregrinos que viajavam à Terra Santa, «pensando que Maria e José não tinham encontrado acolhida».
Ele ficou em Belém até a morte, e continuou desenvolvendo uma intensa atividade: comentou a Palavra de Deus; defendeu a fé, opondo-se vigorosamente a várias heresias; exortou os monges à perfeição; lecionou cultura clássica e cristã a jovens; acolheu com ânimo pastoral os peregrinos que visitavam a Terra Santa.

Faleceu em sua cela, junto à gruta da Natividade, em 30 de setembro de 419/420.

A preparação literária e a vasta erudição permitiram a Jerônimo a revisão e a tradução de muitos textos bíblicos: um belíssimo trabalho para a Igreja e para a cultura ocidental. Com base nos textos originais em grego e em hebraico, e graças ao confronto com versões precedentes, ele fez a revisão dos quatro Evangelhos em língua latina, depois do Saltério e de grande parte do Antigo Testamento.

Levando em conta o original hebraico e grego, dos Setenta, a clássica versão grega do Antigo Testamento que remonta a tempos antes do cristianismo, e das precedentes versões latinas, Jerônimo, ajudado por outros colaboradores, pôde oferecer uma tradução melhor: essa constitui a assim chamada «Vulgata», o texto «oficial» da Igreja latina, que foi reconhecido como tal pelo Concílio de Trento e que, depois da recente revisão, permanece sendo o texto «oficial» da Igreja de língua latina.

É interessante comprovar os critérios aos quais o grande biblista se ateve em sua obra de tradutor. Ele mesmo revela isso quando afirma respeitar até mesmo a ordem das palavras da Sagrada Escritura, pois nela, diz, «até a ordem das palavras é um mistério», isto é, uma revelação.
Confirma também a necessidade de recorrer aos textos originais: «No caso de surgir uma discussão entre os Latinos sobre o Novo Testamento, pela leitura discordante dos manuscritos, recorríamos ao original, isto é, ao texto grego, no qual foi escrito o Novo Pacto. Da mesma forma, para o Antigo Testamento, se havia divergências entre os textos gregos e latinos, íamos ao texto original, em hebraico; assim, tudo aquilo que surge da fonte, podemos encontrar nos riachos».
Jerônimo, por outro lado, comentou também muitos textos bíblicos. Para ele, os comentários devem oferecer múltiplas opiniões, «de forma que o leitor prudente, depois de ter lido as diversas explicações e de ter conhecido múltiplos pareceres – que tem de aceitar ou rejeitar –, julgue qual é o melhor e, como um especialista agente de câmbio, rejeite a moeda falsa».

Ele combateu com energia e vivacidade os hereges que não aceitavam a tradição e a fé da Igreja. Demonstrou também a importância e a validez da literatura cristã, convertida em uma autêntica cultura que, para então, já era digna de ser confrontada com a clássica; ele o fez redigindo «De viris illustribus», uma obra na qual Jerônimo apresenta as biografias de mais de cem autores cristãos.

Ele escreveu biografias de monges, ilustrando, junto a outros itinerários espirituais, o ideal monástico; além disso, traduziu várias obras de autores gregos.
Por último, no importante Epistolário, autêntica obra-prima da literatura latina, Jerônimo se destaca por suas características de homem culto, asceta e guia das almas.

O que podemos aprender de São Jerônimo? Sobretudo, penso o seguinte: amar a Palavra de Deus na Sagrada Escritura. São Jerônimo diz: «Ignorar as escrituras é ignorar Cristo».
Por isso, é importante que todo cristão viva em contato e em diálogo pessoal com a Palavra de Deus, que nos é entregue na Sagrada Escritura.
Este diálogo com ela deve ter sempre duas dimensões: por um lado, deve haver um diálogo realmente pessoal, pois Deus fala com cada um de nós através da Sagrada Escritura e tem uma mensagem para cada um.
Não temos de ler a Sagrada Escritura como uma palavra do passado, mas como Palavra de Deus que é dirigida também a nós, e procurar entender o que o Senhor quer nos dizer.
Mas para não cair no individualismo, temos de ter presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão, para unir-nos na verdade de nosso caminho rumo a Deus. Portanto, apesar de que sempre é uma Palavra pessoal, é também uma Palavra que edifica a comunidade, que edifica a Igreja. Por isso, temos de lê-la em comunhão com a Igreja viva.
O lugar privilegiado da leitura e da escuta da Palavra de Deus é a liturgia, na qual, ao celebrar a Palavra e ao tornar presente o Sacramento do Corpo de Cristo, atualizamos a Palavra em nossa vida e a fazemos presente entre nós.

Não podemos esquecer jamais que a Palavra de Deus transcende os tempos. As opiniões humanas chegam e vão embora. O que hoje é moderníssimo, amanhã será velhíssimo. A Palavra de Deus, pelo contrário, é Palavra de vida eterna, tem em si a eternidade, o que vale para sempre. Ao levar em nós a Palavra de Deus, levamos, portanto, a vida eterna.

Concluo com uma frase dirigida por São Jerônimo a São Paulino de Nola. Nela, o grande exegeta expressa precisamente esta realidade, ou seja, na Palavra de Deus recebemos a eternidade, a vida eterna. 

São Jerônimo diz: «Procuremos aprender na terra essas verdades cuja consistência permanecerá também no tempo»."

Papa Bento XVI

07/11/2007

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Segundo Dia do Tríduo de Santa Teresinha do Menino Jesus

SINAL DA CRUZ:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia
  
HINO
Raiando o novo dia,
as vozes elevamos,
de Deus a graça e glória
em Cristo proclamamos.

Por ele o Criador
compôs a noite e o dia,
criando a lei eterna
que os dois alternaria.

A vós, Luz dos fiéis,
nenhuma lei domina.
Fulgis de dia e noite,
clarão da luz divina.

Ó Pai, por vossa graça,
vivamos hoje bem,
servindo a Cristo e cheios
do vosso Espírito. Amém.

Responsório:
R. A alegria cantará sobre meus lábios,
* E a minh'alma libertada exultará. R. A alegria.
V. Também celebrarei vossa justiça. * E a minh'alma.
Glória ao Pai. R. A alegria.

OREMOS:
Ó Deus, que preparais o vosso Reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.

Vida de Santa Teresinha:
Desde criança pensava no "bom Deus, na vida, na eternidade". Em seus tempos de estudo na Abadia das beneditinas, passava várias horas diante do Santíssimo Sacramento, "sendo Jesus seu único amigo, o único com o qual ela conseguia falar". Enfim, essa carmelita chegou a dizer mais tarde: "Não vejo o que terei a mais, após minha morte, que já não tenha nesta vida. Verei o bom Deus, é verdade! Mas quanto a estar com ele, já o estou totalmente na terra". Teresa recebeu a graça da oração. Tratava-se de um dom do alto. Devemos pedir a Deus o espírito de oração como uma graça. Neste segundo dia imploramos ao Senhor para conceder este dom a todos nós que tenhamos sempre sede de estar em sua presença.
Temos um rico carisma missionário, inspirado nos escritos de Santa Teresinha do Menino Jesus da Santa Face. Bebendo em tais fontes, a oração pessoal e comunitária não serão apenas um exercício, mas a nossa própria vida. Os tempos fortes de oração comunitária, como a Eucaristia, só serão expressão autêntica de nossa fé se vivermos em oração contínua.
  
Palavra de Deus – ICor 13,1-13
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

Pensamento De Santa Teresinha:
"Compreendi que o Amor englobava todas as vocações, que o Amor era tudo..."
Que motivados por esta tão bonita frase, façamos o nosso compromisso de fazer um gesto de caridade para uma pessoa da família e para outra pessoa.

Oração Final:
Ó Santa Teresinha, fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes para com nosso Pai do céu. Ah! Não permitais que ofendamos pelo pecado, que O contristemos pela desconfiança! Assisti-nos em todos os perigos e necessidade; socorrei-nos em todas as aflições; alcançai-nos todas as graças espirituais e temporais, particularmente (...), valei-nos na vida e na morte.
Ó Santa Teresinha lembrai-vos que prometestes passar o vosso céu fazendo o bem na terra, sem descanso até ver completo o número de eleitos. Ah! Cumpri em vós nossa promessa: sede nosso anjo protetor na travessia desta vida e não descanseis até que nos vejais no céu cantando ao vosso lado eternamente as ternuras do amor misericordioso do coração de Jesus. 
Amem!

Oração do Pai Nosso
Oração da Ave Maria 
Glória ao Pai

Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

Do mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos.
Em sua Liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adorar o Deus três vezes santo, ela invoca a sua assistência (...)
Além disso, festeja mais particularmente a memória de certos anjos (S. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael, os anjos da guarda)."

Catecismo da Igreja Católica nº 334, 335


Os três Arcanjos são os únicos citados pela Bíblia, apesar de no Livro de Tobias São Rafael afirmar que são sete os que assistem diante de Deus.


São Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias, é o mais ligado aos acontecimentos da terra. 

A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento.

Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação,desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição. Além disso, é o portador da oração mais popular e mais querida do cristianismo: a ave-maria.

Vejamos algumas passagens do Evangelho de suas missões no evento que mudou a humanidade. Foi Gabriel arcanjo quem explicou ao profeta Daniel sua freqüente visão do carneiro e do bode. Foi ele, também, quem anunciou, ao mesmo profeta, a trajetória destinada a sua nação; a chegada do Messias, até a negação do mesmo por parte de seu povo, e sua morte na Terra.

Ele também apareceu ao sacerdote Zacarias, anunciando que sua mulher lhe daria um filho profeta, chamado João Batista, o precursor do Cristo. E como Zacarias duvidou, por ser velho e a mulher estéril, castigou-o com a perda da voz até que tudo se cumprisse.

O seu apogeu ocorreu na Anunciação à Virgem Maria sobre a encarnação do Filho de Deus. Suas primeiras palavras tornaram-se uma oração, aquela que todos recorrem para pedir a proteção, a bênção ou a intervenção de Nossa Senhora: "Alegra-te, Maria, cheia de graça. O senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres". Contou-lhe, então, o que a esperava, a missão que lhe era confiada, preparou-a espiritualmente para entender a intervenção do Espírito Santo. Fazendo o mesmo com o justo José, seu esposo, que, graças à aparição de Gabriel, compreendeu o que se passava, entregando-se de corpo e alma àquela missão.

Os teólogos e a Igreja entendem que foi também missão deste arcanjo avisar aos pastores de Belém sobre a chegada do Messias; alertar os reis magos para que não voltassem a Jerusalém; dar a José a ordem de fugir para o Egito e, depois, retornar a Nazaré; consolar Jesus no horto das Oliveiras e anunciar às santas mulheres a Ressurreição do Cristo.

Gabriel arcanjo e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, ajudam-nos a dar bom rumo e direção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons.

São Miguel é lembrado como aquele que chefiou  luta contra Lúcifer e o expulsou do Paraíso, também é citado em algumas outras passagens no Antigo Testamento. Ele é invocado como protetor contra os embustes do Demônio, em exorcismos, como Guia das almas que partem deste mundo, e protetor da Santa Igreja militante. 

Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo. O profeta Daniel nomeia este arcanjo chamando-o de príncipe protetor dos judeus e depositário das profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Miguel torna-se, também, protetor especial de todos nós, filhos de Deus, pois a Igreja e o seu povo são herdeiros definitivos das revelações e dos mistérios divinos. Por isso Miguel arcanjo assumiu a posição de padroeiro da Igreja Católica.

Miguel arcanjo, protetor dos justos, é assim lembrado na passagem bíblica do Apocalipse. Pois nela se vê que houve uma batalha no céu e Miguel, com seu exército de anjos, teve de combater e vencer a primitiva serpente, chamada de satanás. A partir daquele momento, satanás não tinha mais lugar no céu e foi expulso para a terra, juntamente com seus anjos maus, os demônios. Assim começou a antiga batalha do bem contra o mal.

Espírito vigoroso, atravessa céus e terras inundando os seres humanos com os sentimentos de justiça e arrependimento. Ele intercede pelo nosso livre-arbítrio, defende-nos, pisando nos dragões da indecisão e da dúvida. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, para mantermos a serenidade, a fé e para perseverarmos na nossa missão dentro dos preceitos da Igreja de Cristo, até entrarmos na vida eterna. 
Na carta de são Judas, lê-se: "O arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: 'Que o Senhor o condene'". Por isso Miguel arcanjo é representado nas artes vestindo armadura e atacando o dragão infernal. Segundo a tradição, foi este arcanjo quem libertou o apóstolo Pedro da prisão e o conduziu entre os guardas. 


São Rafael tem sua história narrada no Livro de Tobias, onde cura o pai de Tobias, salva Sarah de uma maldição demoníaca e a casa com Tobias filho,e o protege em sua viagem. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobias, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se: 

[...] chamou-os à parte e disse-lhes: "Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu [...] Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à glória do Senhor [...]" Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor. Mas ele lhes disse: "Não tenhais medo [...] Se estive convosco, não foi por pura benevolência minha para convosco, mas por vontade de Deus [...] E agora, bendizei ao Senhor sobre a terra e daí graças a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos aconteceu [...]" (Tb 5-12).

Rafael arcanjo é o portador da virtude da cura, do dom da transformação, da beleza curativa que é sua função no mundo. Conduz a humanidade ensinando-lhe o caminho da defesa contra os males físicos e espirituais que a possa ameaçar.

Motivo que o tornou padroeiro dos sacerdotes e dos médicos, embora não deixem de pedir-lhe amparo os viajantes, soldados e escoteiros e também é protetor do casamento. Pleno de misericórdia, suas virtudes espirituais estão sempre direcionadas para hospitais, instituições e lares, onde esses dons são necessários. 


Um Livro muito bonito e riquíssimo em orações.


Os nomes dos Arcanjos também são sinais da missão que cada um teve no mundo:


Miguel significa: “ninguém é como Deus”, ou “semelhança de Deus”
Gabriel significa: “Emissário do Senhor” ou “homem de Deus”.
Rafael significa: "Deus Cura." ou “cura de Deus”,

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Primeiro Dia do Tríduo de Santa Teresinha do Menino Jesus

SINAL DA CRUZ:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia

HINO
Raiando o novo dia,
as vozes elevamos,
de Deus a graça e glória
em Cristo proclamamos.

Por ele o Criador
compôs a noite e o dia,
criando a lei eterna
que os dois alternaria.

A vós, Luz dos fiéis,
nenhuma lei domina.
Fulgis de dia e noite,
clarão da luz divina.

Ó Pai, por vossa graça,
vivamos hoje bem,
servindo a Cristo e cheios
do vosso Espírito. Amém.

Responsório:
R. A alegria cantará sobre meus lábios,
* E a minh'alma libertada exultará. R. A alegria.
V. Também celebrarei vossa justiça. * E a minh'alma.
Glória ao Pai. R. A alegria.

Oremos:
Ó Deus, que preparais o vosso Reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.

Vida de Santa Teresinha:
Conhecida como Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face ou, popularmente, Santa Teresinha nasceu em Alençon, 2 de janeiro de 1873 — Morreu em 30 de Setembro de 1897, com apenas 24 anos.
Sua família vivia no amor a Deus e entre si e, por isso mesmo, muito solidária com os necessitados.
Terezinha cresceu como todas as crianças, mas o que encantava a todos era sua vida simples e o esforço que fazia para melhorar. Seus familiares sempre participavam juntos da Santa Missa e liam a Bíblia.
Seus pais: Luiz José e Zélia tiveram oito filhos. Quatro dos quais morreram ainda pequeninos.
Aos quatorze anos de idade Teresa decide que quer entrar para o Carmelo (Ordem das Carmelitas Descalças). Como a pouca idade a impede, ela decide em novembro de 1887,ir em Roma para uma audiência com o Papa Leão XIII. Em Abril do ano seguinte é finalmente aceita. Concedida a autorização ingressou em 9 de Abril de 1888 .
  
Palavra de Deus – ICor 12-1-11
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.
Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

Pensamento De Santa Teresinha:
"Sinto que quando sou caridosa é só Jesus que age em mim".
Que motivados por esta tão bonita frase, façamos o nosso compromisso de fazer um gesto de caridade para uma pessoa da família e para outra pessoa.

Oração Final:
Ó Santa Teresinha, fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes para com nosso Pai do céu. Ah! Não permitais que ofendamos pelo pecado, que O contristemos pela desconfiança! Assisti-nos em todos os perigos e necessidade; socorrei-nos em todas as aflições; alcançai-nos todas as graças espirituais e temporais, particularmente (...), valei-nos na vida e na morte.
Ó Santa Teresinha lembrai-vos que prometestes passar o vosso céu fazendo o bem na terra, sem descanso até ver completo o número de eleitos. Ah! Cumpri em vós nossa promessa: sede nosso anjo protetor na travessia desta vida e não descanseis até que nos vejais no céu cantando ao vosso lado eternamente as ternuras do amor misericordioso do coração de Jesus. 
Amem!

Oração do Pai Nosso
Oração da Ave Maria
Glória ao Pai

São Lorenzo Ruiz de Manila e 15 companheiros

Este grupo de 16 mártires, todos ligados de diferentes maneiras com a Ordem dos Frades Pregadores, foi beatificado em 18 de fevereiro de 1981. A cerimônia, presidida por João Paulo II e celebrado pela primeira vez fora de Roma na história da beatificação teve lugar em Manila, a cidade em que a maioria dos Mártires tinha relacionamento. Especialmente Lorenzo Ruiz, um nativo daquele lugar e primeiro mártir das Filipinas. A canonização aconteceu pelo mesmo Papa na Cidade do Vaticano, em 18 de Outubro de 1987.

Dos 16  santos, 9 são japoneses, 4 espanhóis, 1 italiano, 1 francês, 1 filipino. Os dominicanos são 9 sacerdotes, 2 irmãos cooperadores, 2 terciárias, e 3 outros leigos. Exceto Marina de Omura e Antonio González, todos morreram no monte chamado Nishizaka, em Nagasaki, onde tinham sido crucificados em 1597 os 26 primeiros mártires do Japão que foram canonizados, e onde tinham sofrido muitos dos 205 beatos mortos entre 1617 e 1632.

O período de sua paixão é o tempo do reinado de Tokugawa Yemitsu, Shogun ou líder militar supremo do Japão: de 28 de fevereiro de 1633 e 22 de junho de 1636, quando tinha emitido dois editais para extinguir o cristianismo do império. Eram puníveis com a pena de morte missionários estrangeiros ou nativos, aqueles que os abrigou ou não estavam dispostos a renunciar à sua fé cristã.

Várias punições  e torturas para os cristãos durante o interrogatório no tribunal de Nagasaki. Um deles foi  engolir a água violentamente e em grandes quantidades e em seguida, o fez expulsar com igual violência, por vezes com efeito a derramar sangue de sua boca, nariz e orelhas. Outra tortura era enfiar as pontas afiadas de bambu ou de ferro preso entre as unhas das mãos quase até a metade do dedo. Então, a mão e antebraço eram levados a colidir com o solo. O mais terrível tormento e final foi concebido precisamente durante este período de perseguição e foi chamado ana-tsurushi. O acusado era pendurado em uma estaca com a cabeça virada para baixo e com toda a sua parte superior do corpo em uma vala cheia de sujeira e trancada com tábuas de madeira segurando o corpo na cintura. A suspensão com um tal sistema foi sujeito a fluxo sanguíneo na cabeça com dificuldade para retomar a circulação; Sentia-se sufocada pela falta de ventilação do poço, feita por mais repugnante para a sujeira nele.

Em tais condições, o condenado podia durar de um a vários dias, de acordo com a resistência física. Às vezes, ele era extraído do poço levado à forca para ser instigado a renunciar à sua fé cristã. Depois da morte, o cadáver era imediatamente queimado e as cinzas lançados ao mar no porto de Nagasaki.
São Lourenço Ruiz, também conhecido como Lorenzo Ruiz de Manila, é o primeiro santo filipino venerado na Igreja Católica Romana. Ele tinha ido para o Japão com três missionários e foi morto por se recusar a renunciar à sua Fé, durante a perseguição a cristãos japoneses sob o xogunato Tokugawa, no século XVII.

Lorenzo Ruiz nasceu em Binondo, Manila, filho de pai chinês e mãe filipina, ambos católicos. Seu pai lhe ensinou o mandarim, enquanto sua mãe lhe ensinou Tagalog.
Ruiz atuou como coroinha na igreja do convento de Binondo. Depois de ser educado pelos frades dominicanos por alguns anos, Ruiz ganhou o título de “escrivão” por causa de sua caligrafia hábil. Tornou-se um membro da Confraria do Santíssimo Rosário. Casou-se com Rosário, uma nativa das Filipinas, e juntos tiveram dois filhos e uma filha. A família Ruiz levar uma vida pacífica e religiosa, sendo para todos um exemplo de família cristã.

Em 1636, enquanto trabalhava como balconista para na igreja de Binondo, Ruiz foi falsamente acusado de matar um espanhol. Ruiz pediu asilo a bordo de um navio com três padres dominicanos: Antonio Gonzalez; Guilherme Courtet; Miguel de Aozaraza, sacerdote japonês; Vicente Shiwozuka da Cruz; e um leigo hanseniano, Lazaro de Kyoto (todos também serão canonizados como Lourenço Ruiz). Ruiz e seus companheiros partiram para Okinawa em 10 de junho 1636, com a ajuda dos padres dominicanos e do Padre João Yago.

O shogunato Tokugawa estava perseguindo os cristãos no tempo que Ruiz tinha chegado ao Japão. Os missionários, rapidamente identificados pelos inimigos da fé, foram presos e jogados na prisão, e, depois de dois anos, foram transferidos para Nagasaki, para enfrentar o julgamento e a tortura. Ele e seus companheiros enfrentaram diferentes tipos de tortura.

Em 27 de setembro 1637, Ruiz e seus companheiros foram levados para a colina de Nishizaka, onde foram torturados através do seguinte método: foram pendurados pelos pés, com o corpo todo atado a pesos e com a cabeça para baixo, num buraco. Esta forma de tortura era conhecida como “tsurushi” em japonês ou horca em espanhol. O método era suposto ser extremamente doloroso. Embora a vítima estivesse toda amarrada, por um lado deixavam uma maneira da mesma sinalizar o desejo de retratar-se, levando a sua libertação. Ruiz se recusou a renunciar ao cristianismo e morreu por perda de sangue e sufocação. Seu corpo foi cremado e suas cinzas jogadas no mar. Os demais mártires sofreram torturas semelhantes e ainda piores, como, por exemplo, São Miguel Aozaraza, que sofreu vários tipos de tortura antes de ser decapitado.

De acordo com relatos de missionários latinos enviados de volta para Manila, Ruiz, antes de morrer, pronunciou as seguintes palavras:
“Ego sum et Catholicus animo prompto paratoque pro Deo mortem obibo. Si mille vitas haberem, cunctas ei offerrem”, isto é, “Sou católico e sinceramente aceito a morte em nome do Senhor; Se eu tivesse mil vidas, todas as ofereceria a Ele”.

Sua canonização foi baseada em um milagre que aconteceu em 1983, quando Cecilia Alegria Policarpio, de dois anos de idade, que sofria de atrofia cerebral, foi curada por de Lorenzo Ruiz. Ela foi diagnosticada logo após seu nascimento e foi tratado no Magsaysay Medical Center.


Terceiro Dia do Tríduo dos Arcanjos: Gabriel, Miguel e Rafael

SINAL DA CRUZ:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia

HINO

Arcanjos, para vós
um canto de vitória,
porque no céu reinais,
imensa é a vossa glória.

Miguel, invicto príncipe
da corte celestial,
firmai-nos, com mão fúlgida,
na graça divinal.

Do máximo mistério
arauto, ó Gabriel,
guiai-nos nos caminhos
da luz que vem do céu.

Conosco, ó Rafael,
à pátria caminhai.
Aos corpos dai saúde,
as mentes libertai.

Vós, anjos, ajudai-nos
nas sendas que trilhamos.
De vosso eterno gozo
consortes nós sejamos.

Ao Pai Supremo, ao Filho,
e ao Consolador
a honra eternamente
num hino de louvor.

Rezemos hoje com o Arcanjo Gabriel:

O nome do Arcanjo São Miguel possui um revelador significado em hebraico: "Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus.
No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também.
"Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu". (Apocalipse 12,7-8)

Oremos:
Arcanjo Miguel príncipe guardião e guerreiro, defendei-me com Vossa espada e protegei-me com Vosso escudo. Não permita que o mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes e contra quaisquer atos de violência.
Livrai-me de pessoas negativas e invejosas.
Levante o Vosso escudo de proteção em meu lar e sobre minha família, parentes e amigos.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Arcanjo Miguel, trazei a paz e a libertação.
Arcanjo Miguel, defendei-me no combate.
Arcanjos de Deus, venham em meu auxílio.
Arcanjos do Senhor, venham em meu socorro.

Palavra de Deus: Sl 91(90)
“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente,
dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio.
É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um escudo de proteção.
Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia,
nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia.
Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido.
Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos pecadores,
porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.
Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda,
porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.
Sobre serpente e víbora andarás, calcarás aos pés o leão e o dragão.
Pois que se uniu a mim, eu o livrarei; e o protegerei, pois conhece o meu nome.
Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulação estarei com ele. Hei de livrá-lo e o cobrirei de glória.
Será favorecido de longos dias, e mostrar-lhe-ei a minha salvação.”


A palavra anjo indica o ofício, não a natureza
É preciso saber que a palavra anjo indica o ofício, não a natureza. Pois estes santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre podem ser chamados anjos, porque somente são anjos quando por eles é feito algum anúncio. Aqueles que anunciam fatos menores são ditos anjos; os que levam as maiores notícias, arcanjos.
Foi por isto que à Virgem Maria não foi enviado um anjo qualquer, mas o arcanjo Gabriel; para esta missão, era justo que viesse o máximo anjo para anunciar a máxima notícia.
Por este motivo também a eles são dados nomes especiais para designar, pelo vocábulo, seu poder na ação. Naquela santa cidade, onde há plenitude da ciência pela visão do Deus onipotente, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros. Mas quando vêm até nós para cumprir uma missão, trazem também entre nós um nome derivado desta missão.
Assim Miguel significa: “Quem como Deus?”; Gabriel, “Força de Deus”; e Rafael, “Deus cura”.
Todas as vezes que se trata de grandes feitos, diz-se que Miguel é enviado, porque pelo próprio nome e ação dá-se a entender que ninguém pode por si mesmo fazer o que Deus quer destacar. Por isto, o antigo inimigo, que por soberba cobiçou ser igual a Deus, dizendo: Subirei ao céu, acima dos astros do céu erguerei meu trono, serei semelhante ao Altíssimo ( cf. Is 14,13-14), no fim do mundo, quando será abandonado às próprias forças para ser destruído no extremo suplício, pelejará com o arcanjo Miguel, como diz João: Houve uma luta com Miguel arcanjo (Ap 12,7). A Maria é enviada Gabriel, que significa “Força de Deus”. Vinha anunciar aquele que se dignou aparecer humilde para combater as potestades do ar.Portanto devia ser anunciado pela força de Deus o Senhor dos exércitos que vinha poderoso no combate.
Rafael, como dissemos, significa “Deus cura”, porque ao tocar nos olhos de Tobias como que num ato de cura, lavou as trevas de sua cegueira. Quem foi enviado a curar, com justiça se chamou “Deus cura”.
São Gregório Magno

Oração Final:

Ó glorioso Arcanjo Miguel, vós excelso Príncipe da milícia celeste, vós a quem foi reservada a glória de ser o primeiro a lutar pela glória do Senhor, empunhando o estandarte exclamando: quem como Deus! Debelastes como relâmpago Satanás e seus seguidores. Ouvi as nossas súplicas nesta hora que intercedemos por nossas famílias.
Ó glorioso Arcanjo Miguel, precipitai ao inferno todos os espíritos malignos que se levantam contra nossas famílias trazendo vícios, escravidões, separações, traições (apresente as intenções particulares de sua família).

Oração do Pai Nosso
Oração da Ave Maria
Glória ao Pai





terça-feira, 27 de setembro de 2016

São Vicente de Paulo



Os ensinamentos deixados por São Vicente de Paulo são para nós um caminho seguro para chegar a Jesus: 
"Não me basta amar a Deus, se o meu próximo também não o ama."

"Nunca se tem Deus como Pai, se não tem Maria como Mãe."

"Não sei quem é mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor." 
"Como ser cristão e ver o seu irmão aflito, sem chorar com ele! É permanecer sem caridade, é ser cristão de pintura, é não possuir nada de humanidade, é ser pior que os animais."
"Não sou daqui nem dali, mas de qualquer lugar onde Deus quer que esteja."
"Dez vezes irão aos pobres, dez vezes encontrarão a Deus."
"Convém amar os pobres com um afeto especial, vendo neles a pessoa do próprio Cristo, e dando-lhes a importância que Ele mesmo dava."
"É preciso dar o seu coração, para obter em troca o dos outros".

"Os pobres abrem-nos a porta para a eternidade".

Vicente de Paulo nasceu no dia 24 de abril de 1581 num pequeno casario da diocese de Dax, próximo aos Pirineus, na França. Seus pais eram humildes e piedosos lavradores.

Em sua infância guardava os porcos pertencentes à família até que seu pai, notando-lhe aguda inteligência, mandou-o estudar com os franciscanos de Dax. Para financiar seus estudos, Vicente foi preceptor dos filhos de um advogado da cidade. Depois estudou teologia em Toulouse e em Zaragoza, na Espanha, sendo ordenado em setembro de 1600.

Tendo ido a Marselha buscar importante legado, foi seqüestrado no mar por piratas da Barbaria e vendido como escravo em Tunis. Ele mudou várias vezes de senhor até que com um deles, um cristão renegado, foi convertido por ele o libertou.

Depois de uma estadia em Roma, Vicente foi para a França, encarregado pelo Papa de uma mensagem sigilosa para o rei Henrique IV. Nomeado capelão da esposa deste, a rainha Margarida de Valois, ele fazia, em nome dela, a distribuição de esmolas aos pobres, e visitas aos enfermos no hospital. Após o assassinato de Henrique IV, em 1610, São Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório, fundada pelo Cardeal Pierre de Bérulle, introdutor do Carmelo na França, e pôs-se sob sua direção.

Quando Bérulle foi nomeado bispo de Paris, encarregou São Vicente da paróquia de Clichy, nos arredores da Cidade-luz. Sempre obedecendo a seu diretor, foi depois preceptor dos filhos de nobres franceses. A piedosa Sra. de Gondi escolheu São Vicente como seu diretor, e pediu-lhe que evangelizasse as povoações de suas imensas propriedades. Foi no contacto com essas populações que foi amadurecendo no santo o desejo de fundar uma congregação de missionários dedicados às missões.


O santo foi depois vigário em Châtillon. Foi ali que, em 1617, reunindo as senhoras da sociedade local, fundou as Confrarias da Caridade (ou Damas da Caridade), visando ordenar a distribuição de recursos para os necessitados. Essas confrarias difundiram-se depois por toda a França.

Voltando ao palácio dos Gondi, Vicente de Paulo foi nomeado Capelão Geral das Galeras por Luís XIII, o que lhe permitiu assistir pessoalmente aos condenados às galés. Estes eram muitas vezes autores de crimes comuns, condenados para suprir à necessidade de mão de obra da marinha francesa em expansão.

Carregados de correntes, viviam nos porões, alimentando-se de pão preto e água, geralmente cobertos de úlceras. Seu estado moral era ainda pior do que a miséria física em que viviam. São Vicente obteve para esses infelizes vários benefícios e alívios materiais, conquistando seus corações para falar-lhes então do Céu. Converteu muitos deles e procurou que pessoas importantes também se interessassem por esses condenados.

Quando São Vicente evangelizava as terras da família de Gondi, outros sacerdotes se juntaram a ele para instruir aquela gente abandonada. Esse grupinho começou depois a pregar missões em outras localidades. Foi o início da Congregação dos Sacerdotes da Missão, fundada oficialmente em abril de 1625. Íamos — dizia o santo — ingênua e simplesmente, enviados pelos senhores bispos, evangelizar os pobres como Nosso Senhor havia feito: eis o que fazíamos. E Deus fazia, de seu lado, o que havia previsto desde toda a Eternidade. Ele dava algumas bênçãos aos nossos trabalhos. O que, sendo visto, outros bons eclesiásticos juntaram-se a nós e nos pediram para ser dos nossos”.
Considerando depois a grande expansão de seus sacerdotes, o santo exclama: Ó Salvador! Quem pensou jamais que isso chegasse ao estado em que está agora? A quem me dissesse isso então, eu julgaria estar zombando de mim”.

Em novembro de 1633 fundou, com Santa Luísa de Marillac, a Congregação das Filhas da Caridade. Santa Luísa, de nobre nascença e de muito maior nobreza de alma, foi o braço direito de São Vicente tanto para a fundação das Filhas da Caridade quanto na direção das Damas da Caridade.


Além dessas duas instituições, foi possível a São Vicente ocupar-se de mais uma importante obra, que foi o cuidado dos recém-nascidos abandonados. Naquela época difícil, de 300 a 400 crianças eram abandonadas anualmente pelas mães, geralmente às portas das igrejas. Felizmente o crime do aborto não estava disseminado como hoje e às crianças era dada uma oportunidade de vida. São Vicente passou a recolhê-las em um hospital que fundou para esse fim, sendo seu primeiro cuidado regenerá-las pelas águas do santo Batismo. Cuidava depois de sua alimentação e formação religiosa, até que estivessem prontas para enfrentar a vida.

O Cardeal de Richelieu de tempos em tempos consultava São Vicente de Paulo a respeito de assuntos da Igreja, sobretudo quanto aos eclesiásticos que ele achava dignos para o episcopado. O santo o alertou de que, para ter bons eclesiásticos, era necessário ir ao seu nascimento, isto é, ao seminário menor, segundo intenção do Concílio de Trento. O cardeal concedeu então a São Vicente uma grande quantia, para estabelecer um seminário menor e outro maior nos quais se deviam incentivar sobretudo a virtude e a oração. Vendo os belos frutos desses seminários, vários bispos quiseram ter o mesmo em suas dioceses, e confiaram sua direção aos Padres das Missões.

Nas desolações provocadas pelas guerras dos Trinta Anos e de religião, São Vicente recolheu em Paris os sacerdotes, religiosas e fidalgos das regiões devastadas, que a guerra tinha expulsado de suas terras. Fez o mesmo com os católicos e nobres da Irlanda e da Inglaterra, perseguidos pelo infame Cromwel. A respeito desses nobres empobrecidos, dizia ele: É justo assistir e socorrer essa pobre nobreza para honrar Nosso Senhor que era, ao mesmo tempo, muito nobre e muito pobre”.
São Vicente de Paulo foi auxiliado em suas múltiplas atividades pela Companhia do Santíssimo Sacramento, sociedade fundada em 1627 por nobres franceses profundamente católicos, com a missão de fazer “todo o bem possível e afastar todo o mal possível. O santo filiou-se a essa companhia, que muito trabalhou em prol da reforma católica desejada pelo Concílio de Trento.

Não se pode ter um verdadeiro fervor religioso se não se iniciar pelo clero, então muito decadente e desordenado. Começou tal reforma secundando o bispo de Beauvais na preparação dos neo-sacerdotes para o ministério, por meio de um retiro de 20 dias antes da ordenação, no qual eram tratados problemas tanto de ordem moral, religiosa quanto prática para que os recém-ordenados pudessem exercer seu múnus sacerdotal. Essa prática estendeu-se depois para Paris e toda a França e Itália.

Entretanto, era necessário preservar e aumentar o fruto desse retiro. Para isso o santo propôs aos sacerdotes uma conferência espiritual semanal, na qual eles poderiam ser esclarecidos sobre pontos de dúvida, e se ajudarem e encorajarem mutuamente nos trabalhos de seu ministério. A Conferência das Terças-feiras, que se realizava em São Lázaro (Casa Mãe de seus missionários) com esse fim, atraiu eclesiásticos que depois se notabilizaram como arcebispos, bispos, vigários-gerais ou párocos em diferentes dioceses do reino.

São Vicente ambicionava ainda mais. Não era suficiente ter eclesiásticos bem formados, se estes não fossem auxiliados por leigos também com boa formação religiosa. Abriu então as portas da Casa Mãe dos Lazaristas (como ficaram conhecidos seus sacerdotes) para todos os leigos que quisessem retemperar sua fé por meio de um retiro espiritual bem feito. Isso foi de grande importância para a reforma religiosa.

São Vicente de Paulo faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado em 1737, e em 1885 declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.