Durante
a Última Ceia, tendo Jesus afirmado que conhecê-lo significa também conhecer o
Pai, Filipe pede quase ingenuamente: "Senhor,
mostra-nos o Pai, e isso nos basta!" Jesus responde-lhe com um
tom de indulgente reprovação: "Há
tanto tempo que estou convosco, e não me ficaste a conhecer, Filipe? Quem me
vê, vê o Pai. Como é que me dizes, então, "mostra-nos o Pai"? Não
crês que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim?... Crede-me: Eu estou no Pai e o
Pai está em Mim".
Estas
palavras são as mais nobres do Evangelho de João. Elas contêm uma profunda
revelação. No final do Prólogo do seu Evangelho, João afirma: "A Deus jamais alguém o viu. O Filho
Unigênito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a
conhecer".
Pois
bem, aquela afirmação, que é do evangelista, é retomada e confirmada pelo
próprio Jesus. Mas com uma nova característica. De fato, enquanto o Prólogo de
João fala de uma intervenção esclarecedora de Jesus mediante as palavras do seu
ensinamento, na resposta a Filipe Jesus faz referência à própria pessoa como
tal, dando a entender que é possível compreendê-lo não só mediante o que diz,
mas ainda mais mediante o que ele simplesmente é.
Papa
Bento XVI – 06 de setembro de 2006
Hoje celebramos:
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