terça-feira, 22 de maio de 2018

22 de maio - Santa Júlia


Santa Júlia é a padroeira da Córsega, das vítimas de tortura e contra as patologias das mãos e dos pés, ela nasceu de pais romanos nobres na África.
Pouco sabemos de sua infância, mas narram que vivia uma vida simples e dedicada a Deus e que, quando era bastante jovem, em 436 sua cidade foi conquistada pelos vândalos, liderados por Genserico e foi capturada e vendida como escrava a Eusébio, um comerciante pagão sírio, porém ela não se queixou e nem se sentiu triste, pois compreendeu que era vontade de Deus.

Aceitou tudo e desempenhou as tarefas mais humildes com uma alegria maravilhosa, pois amava a Deus com todo o seu coração. Em suas horas vagas e com autorização de seu próprio amo, lia livros santos e rezava fervorosamente.

No ano de 450, seu dono resolveu levá-la consigo para a França e durante a viagem, parou em uma vila, na ilha de Córsega, para ir a um festival pagão.
Júlia se negou a ir, contudo, parou na porta do templo local e, ajoelhada, rezou para que Jesus convertesse todas aquelas pessoas.

Félix, o governador dessa região, ficou muito enojado com ela porque não se uniu ao festejo, assim, convidou Eusébio para um banquete em seu palácio e ofereceu-lhe quatro de suas melhores escravas em troca de Júlia. Seu dono recusou, já que tinha um enorme afeto por Júlia, que era uma servente muito fiel e boa. Enquanto o comerciante dormia, o malvado governador tratou de fazer com que Júlia fizesse sacrifícios a seus ídolos, prometendo lhe dar a liberdade se consentisse em abandonar o cristianismo.

Júlia recusou completamente todas as ofertas do governador, e com muita coragem, anunciou que a única liberdade que desejava era a de servir Jesus:

"Minha liberdade é o serviço de Cristo, a quem sirvo todos os dias com uma mente pura. Quanto a esse erro de vocês, não só não o venero, mas o detesto."

Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar.
Quando Eusébio acordou, era tarde.

Júlia aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre.
O seu corpo foi encontrado, no dia 22 de maio de 450, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona.
Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.
O Papa Paulo I consagrou a Santa Júlia uma igreja na cidade de Brescia.


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