Muitas
vezes quando lemos as histórias dos mártires perguntamo-nos: por que estes
nossos irmãos mártires não procuraram salvar a qualquer preço o bem
insubstituível da vida?
Por
que continuaram a servir a Igreja, apesar das graves ameaças e intimidações?
Diante
das relíquias dos mártires, sentimos ressoar o eloquente testemunho de quantos,
não só ao longo do século passado, mas desde o início da Igreja vivendo o amor
ofereceram no martírio a sua vida a Cristo. Nas palavras do Apocalipse:
"Estes são os que vieram da grande tribulação".
Ao
ancião que pergunta quem sejam e de onde vêm os que estão vestidos de branco, é
respondido que são os que "lavaram os seus vestidos e os branquearam no
sangue do Cordeiro".
É
uma resposta à primeira vista estranha. Mas na linguagem cifrada de João isto
contém uma referência clara à cândida chama do amor, que levou Cristo a
derramar o seu sangue por nós. Em virtude daquele sangue, fomos purificados.
Amparados
por aquela chama também os mártires derramaram o seu sangue e purificaram-se no
amor: no amor de Cristo que os tornou capazes de se sacrificarem por sua vez no
amor.
Jesus
disse: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus
amigos".
Cada
testemunha da fé vive este amor "maior" e, a exemplo do Mestre
divino, está pronto para sacrificar a vida pelo Reino. Deste modo tornamo-nos
amigos de Cristo; assim conformamo-nos com Ele, aceitando o sacrifício até ao
extremo, sem pôr limites ao dom do amor e ao serviço da fé.
Papa
Bento XVI – 07 de abril de 2008
Hoje celebramos:
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