sábado, 25 de maio de 2019

25 de maio - Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Jo 15,20


Existem muitas formas de pobreza que podemos reconhecer nas palavras de Jesus: Ide, eis que vos envio como cordeiros entre os lobos. É a pobreza das perseguições, os discípulos do Senhor, perseguidos por causa do Evangelho: também hoje há muitos, caluniados.

A este propósito, ontem, um bispo de um país onde existe a perseguição, falou de um rapaz católico, vítima de um grupo de jovens fundamentalistas que odiavam a Igreja; foi espancado e depois atirado para uma cisterna, onde lançavam lama e quando esta chegou ao pescoço, intimaram-no: pela última vez, renuncias a Jesus Cristo? E ele: Não! Assim, atiraram uma pedra e mataram-no. E como todos ouvimos, isto não aconteceu nos primeiros séculos, mas há dois meses! E é um exemplo: Mas quantos cristãos sofrem hoje perseguições físicas: “Este blasfemou! À forca!”. É assim. Perseguições que persistem há tanto tempo.

Mas há outras perseguições. A começar pela perseguição da calúnia, das maledicências, e o cristão fica em silêncio, tolera esta “pobreza”. Sim, às vezes é preciso defender-se para não dar escândalo. Há pequenas perseguições no bairro, na paróquia: pequenas, mas são a prova de uma pobreza. E é a segunda forma de pobreza que o Senhor nos pede: a primeira é deixar as riquezas, não viver com o coração apegado aos bens; a segunda, aceitar humildemente as perseguições, tolerá-las. Esta é uma pobreza.

Depois, há também uma terceira forma, trata-se da pobreza da solidão, do abandono: aquele jovem de 17, 18, 20 anos que com tanto entusiasmo deixa as riquezas para seguir Jesus; aquela jovem que faz o mesmo e depois, com força e fidelidade, tolera calúnias, perseguições diárias, ciúmes, também pequenas ou grandes perseguições, no final o Senhor pode pedir-lhe isto: a solidão do fim. Lembro muitas vezes nas casas de repouso, onde vivem sacerdotes ou religiosas que dedicaram a vida à pregação, sentem-se sozinhos, apenas com o Senhor: ninguém se recorda deles. E Jesus prometeu ao próprio Pedro esta terceira forma de pobreza: quando eras jovem, ias onde querias; quando fores velho, levar-te-ão para onde não queres.
Papa Francisco – 18 de outubro de 2018

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