A Páscoa de Jesus é
um grande mistério de amor e misericórdia. As nossas palavras são pobres e
insuficientes para o exprimir plenamente. Pode ajudar-nos a experiência de uma
jovem, pouco conhecida, que escreveu páginas sublimes sobre o amor de Cristo.
Chamava-se Juliana de Norwich. Era analfabeta esta jovem que teve algumas
visões da paixão de Jesus e depois, tornando-se uma prisioneira, descreveu com
linguagem simples, mas profunda e intensa, o sentido do amor misericordioso.
Dizia:
“Então o nosso bom Senhor perguntou-me: “Estás contente que
eu tenha sofrido por ti?”. Respondi: “Sim, bom Senhor, e agradeço-te muitíssimo; sim, bom Senhor, que sejas
bendito”. Então Jesus, o nosso bom Senhor, disse: “Se estás feliz, também eu estou. Para mim, ter sofrido a paixão por ti,
é uma alegria, uma felicidade, um júbilo eterno; e se pudesse sofrer mais,
fá-lo-ia”.
Este é o nosso Jesus,
que a cada um de nós diz: Se pudesse
sofrer mais por ti, fá-lo-ia.
Papa
Francisco – 23 de março de 2016
Desta beata ignoramos
o nome do batismo e de sua família. Além do livro das Revelações, há apenas
outro testemunho coerente sobre a sua existência, que foi recentemente
descoberto na autobiografia singular de Margery Kempe, outra mulher santa da
época. Em 1413, ela foi ao eremitério de Norwich para visitar "Madonna Juliana"
em busca de conselhos e direções espirituais.
"Madonna Juliana"
ou "Senhora Juliana", é o nome sob o qual a beata era conhecida na
vida religiosa e que então permaneceu; pode ter sido adotado em honra de São
Juliano, padroeiro da igreja onde passou a maior parte de sua vida, uma igreja
que pertencia ao mosteiro beneditino da Santíssima Maria e João em Carrow,
dentro da cidade de Norwich.
Tudo o que é
realmente conhecido sobre Juliana, que é dito ser "uma criatura simples
que não conhece as letras", semelhante a Santa Caterina da Sena, também
analfabeta, essa notícia foi extraída de seu notável livro, recebido em duas
versões distintas: "texto longo" e "texto curto".
Em suas visões,
Juliana viu o sangue fluindo sob a Coroa de Espinhos de Jesus Cristo, viu a
Virgem como uma jovem e simples senhora; viu Jesus mostrando a ela uma castanha
na palma de sua mão. Ela pensou: “O
que será isso?”, e Ele respondeu: “Isto
é tudo que é criado. Deus deu forma, Deus deu vida, Deus a mantém assim”.
Assim ela aprendeu a
bondade de Deus “para O qual a nossa
mais elevada das preces deve ser dirigida”. “O qual desce para atender as
nossas menores necessidades”. E em relação à Cruz, ela viu a misericórdia
Divina caindo como uma fina chuva de graças durante a Sua Paixão. Ela viu o
Senhor morrendo, os Seus terríveis tormentos, e escreveu: “Assim eu O vi e eu O amava”.
Na época de sua
morte, a Beata tinha uma vastíssima reputação e atraia visitantes de toda a
Inglaterra para a sua cela. Embora Juliana não tenha sido formalmente
beatificada, é mencionada como Beata por vários autores e na Inglaterra a
invocam como Santa.
A festa da Beata
Juliana de Norwich na tradição católica romana é a 13 de maio.
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