Quando Jesus interpela as multidões que sabem
discernir os sinais da natureza com a sua experiência e inteligência, duas
faltas são censuradas pelo Mestre Divino: a incapacidade de discernir o tempo
presente e a incapacidade de julgar aquilo que é justo.
Sabem interpretar o tempo cronológico e o tempo
meteorológico, mas não conseguem perceber a presença do tempo salvífico. No seu
discurso na sinagoga de Nazaré, citando o profeta Isaías, Jesus tinha declarado
que estavam a inaugurar o ano do Senhor, o “hoje” da salvação, no qual as
promessas das Escrituras chegam ao seu cumprimento. A partir daí, toda a
atuação de Jesus, por palavras e por obras, foi sempre uma incansável missão
evangelizadora.
Muitas pessoas que O escutavam e que eram
testemunhas das suas obras ficavam estupefatas e, dando glória a Deus, diziam: Hoje
vimos maravilhas; discípulos de João Batista que Lhe perguntavam se Ele era
verdadeiramente o Messias ou se deviam esperar outra pessoa, Jesus respondia
mostrando os frutos da sua ação evangelizadora: Os cegos recuperam a vista,
os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos
ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres.
E se, por um lado, Jesus Se mostra aflito por
ser perseguido e hostilizado pelas autoridades políticas e religiosas e pelos
poderosos que rejeitam todas as oportunidades de conversão, por outro, fica
extasiado ao ver a alegria e a simplicidade dos humildes que acolhem a luz da
sua palavra e se tornam seus discípulos para entrar no Reino.
Por isso, exultando no Espírito, Jesus irrompe
em louvores e ações de graças ao Pai, por ter escondido estas coisas aos sábios
e inteligentes e as ter revelado aos pequeninos.
É igualmente necessário prestar a devida
atenção aos sinais particulares deste tempo que a presença de Cristo enriquece
com uma novidade absoluta, fazendo-os assumir um inacreditável significado
histórico e providencial para a nossa salvação.
Hoje celebramos:
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