São poucos aqueles que se salvam?
Eis uma pergunta muito controversa na época de
Jesus e talvez também ainda hoje. E nós, pequenos ou grandes, porventura seremos
contados entre os benditos?
A resposta de Jesus à pessoa que O interroga
sobre o número limitado daqueles que se salvam é extremamente completa e
reveladora, abrindo uma janela sobre o horizonte da história humana. O Senhor
usa a metáfora da porta estreita para indicar o desafio que tem de enfrentar
quem quer entrar na salvação prometida, e a parábola do banquete do Reino para
designar os critérios que permitem aos convidados entrar na casa de Deus.
Àqueles que declaram: Nós comíamos e bebíamos contigo, e Tu ensinavas nas
nossas praças! o dono da casa responde, por duas vezes, que não sabe de
onde deles vêm. Terrível e inesperada condenação contra aqueles que praticam a
injustiça com a pretensão de serem dos seus e de terem direito à salvação.
Salta à vista, de modo extremamente dramático,
a urgência da conversão no “hoje” da nossa vida. Muitos ricos encontraram
Jesus, escutaram a sua pregação, falaram com Ele e até O convidaram para jantar
em sua casa. No entanto, quantos deles acolheram a sua chamada à conversão e à
solidariedade para com os pobres, como fez Zaqueu? A parábola põe de sobreaviso
sobre o resultado final da opção de vida dos ricos insensíveis e corruptos: Mas
ai de vós, os ricos! tinha advertido Jesus.
Alertados, portanto, para o perigo das
riquezas, que é capaz de impedir a entrada no Reino, os ouvintes perguntam: Quem
pode então salvar-se?
Todos são chamados, judeus e pagãos, mas para
todos é a mesma exigência de passar pela porta estreita. A violação da justiça
e dos direitos humanos, universalmente discriminatória, pode barrar-nos a porta
do Reino. A porta é estreita, mas ainda não está fechada. A porta até pode ser
estreita, mas, sendo o próprio Cristo a porta do Pai, torna-se mais forte a
esperança de podermos sempre entrar e ser salvos.
Hoje celebramos:
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