Mon Filomena Yamamoto, missionária de Maria,
saveriana, japonesa, deixou este mundo a 28 de abril de 2014, em Miyazaki.
Contava oitenta e três anos. Cerca de dez anos antes, tinha contado ao pequeno
jornal das saverianas o seu encontro com Cristo:
“Pensando no ambiente em que cresci e
nos acontecimentos que precederam a graça do meu Batismo, vejo claramente a mão
amorosa de Deus que me conduziu de modo silencioso e escondido.
Nasci numa família budista da corrente
Zen. Em casa havia um pequeno altar onde eram veneradas as placas mortuárias
dos nossos antepassados. Todas as manhãs oferecíamos uma pequena taça de chá e
outra de arroz e detínhamo-nos a rezar de mãos postas. Quando passavam por ali
peregrinos com destino a qualquer templo ou apareciam pobres, oferecíamos-lhes
arroz e alimento. Tínhamos uma ligação profunda com o templo.
Desde criança que eu o visitava com
frequência, escutava os sermões do Bonzo e interrogava-me porque é que o homem
nasce e depois morre, por que razão existe o sofrimento e como é possível que,
no mundo, quem pratica o bem muitas vezes sofra, ao passo que quem pratica o
mal seja bem-sucedido e leve uma vida regalada.
Refletia muitas vezes sobre estas
coisas, mas não me atrevia a interrogar os adultos, pois tinha a impressão de
que estes não me saberiam responder. Creio que o Senhor me falava através da
natureza, com o espetáculo maravilhoso da mudança das estações. Sentia que,
acima das divindades das antigas religiões do Japão, devia haver um Deus
criador do céu e da terra e que eu devia procurar a verdadeira religião.
Rezava, pedindo que me fosse concedido
descobri-la, mas não sabia onde procurá-la.
Aos vinte e três anos deixei a minha
cidade e fui para Miyazaki. Convidada por uma amiga, comecei a frequentar a
Igreja Católica e as aulas de catequese. Ao princípio ofereci uma certa
resistência à fé num único Deus, porque a cultura japonesa está impregnada da
presença de numerosas divindades que não se excluem umas às outras. Todavia,
continuando a estudar o Cristianismo, quando pude escutar a passagem da Paixão
e da Ressurreição do Senhor e compreender a obra maravilhosa da redenção, senti
dentro de mim a firme convicção de que finalmente tinha encontrado aquilo que
procurava há anos.”
Desde o início da sua juventude, Mon desejava
uma vida completamente dedicada aos outros, mas só quando conheceu Cristo
encontrou a resposta. Ainda catecúmena, fascinava-a a ideia de entregar toda a
sua vida à Misericórdia de Deus:
“Quando eu ainda era catecúmena, o
missionário saveriano padre Sandro Danieli emprestou-me a autobiografia de Santa
Teresa de Lisieux, e eu li como ela se oferecera a si própria ao Amor
misericordioso. Foi a primeira vez que me confrontei com essa ideia. Mais
tarde, tendo entrado para as missionárias saverianas, fiquei surpreendida ao
descobrir que o fundador, o padre Giacomo Spagnolo, tinha uma profunda devoção
pela onipotência e pela Misericórdia de Deus, e que todas nós, quando da
profissão perpétua, confiávamos a nossa vida à misericordiosa Onipotência do
Senhor.”
O amor a Maria contribuiu para orientar a sua escolha.
Quando Mon ingressou na congregação das Missionárias de Maria, em 1961, as
saverianas estavam no Japão havia apenas dois anos.
Sempre serena e jovial, também era muito séria
e precisa na observância da vida comunitária e nos outros aspetos da vida
religiosa. A oração era muito importante na sua vida. Era sóbria e simples e
fugia de mexericos inúteis, sendo laboriosa e muito diligente na execução do
trabalho que lhe era confiado.
Em 2011, foi-lhe diagnosticado um tumor. Fui
visitá-la ao hospital, escreve um amigo, missionário saveriano. Também recordo
ainda a sua preocupação pelos outros. Tinha feito do seu quarto uma “pequena
igreja” onde estava na companhia de Jesus.
Enquanto fazia quimioterapia teve a
possibilidade de se preparar para a morte e falava disso com todos os que a iam
visitar, deixando atrás de si um testemunho de fé e de serenidade que provinham
da sua confiança incondicional em Jesus.
Ao vê-la sorridente, as pessoas interrogavam-se
se ela estaria verdadeiramente doente. Tinha palavras de agradecimento para com
todos: “É graças às vossas orações...”, dizia sempre. Durante as
várias internações, a sua serenidade impressionou muita gente: ~
As pessoas que têm fé são diferentes, diziam.
Nos últimos dias, rezava continuamente: “Senhor, vem buscar-me depressa.”
Having discovered this Holy woman in our parish 6 week lenten preparation group,I kept her in mind. In December 2019 my wife was rushed to hospital after a serious accident. She received the Last rites the following morning - I started praying to Mon Filomena Yamamoto and continued for several hours. The following morning she had recovered. Thanks Mon Filomena Yamamoto!
ResponderExcluirIan Kelly Harrow HA3 8HZ UK Tel (44) 0208-909-3761
God is really marvelous, and listen our prays. Mon Filomena intercedes for us.
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