Caríssimos médicos católicos, na atividade que
exerceis, realizais todos os dias um nobre serviço em benefício da vida. A
vossa missão de médicos coloca-vos quotidianamente em contato com a misteriosa
e maravilhosa realidade da vida humana, impelindo-vos a ocupar-vos dos
sofrimentos e das esperanças de inumeráveis irmãos e irmãs. Perseverai nesta
vossa generosa consagração, dedicando especial cuidado aos idosos, enfermos e
portadores de deficiência.
Sentis pessoalmente que na vossa profissão não
bastam as curas médicas e os serviços técnicos, por mais exemplar que seja a
vossa profissionalidade. É necessário ser capaz de oferecer ao doente também
aquele especial remédio espiritual, constituído pelo calor de um genuíno
contacto humano. Ele é capaz de dar novamente à pessoa enferma o amor pela
vida, estimulando-a a lutar por esta com um esforço interior às vezes decisivo
para a cura.
O doente deve ser ajudado a reencontrar o
bem-estar não só físico, mas também psicológico e moral. Isto supõe no médico,
além da sua competência profissional, uma atitude de solicitude amorosa,
inspirada na imagem evangélica do bom Samaritano. Junto de cada pessoa que
sofre, o médico católico é chamado a ser testemunha dos valores superiores que
têm na fé o seu solidíssimo fundamento.
Queridos médicos católicos, bem sabeis que a
vossa missão imprescindível é salvaguardar, promover e amar a vida de cada ser
humano, desde o início até ao seu termo natural.
Nossa Senhora Santíssima vos assista na
complexa e necessária missão. Sirva-vos de exemplo São José Moscati, para que
nunca vos falte a força de testemunhar o Evangelho da vida com coerência,
honestidade íntegra e retidão absoluta.
Papa João Paulo II - 07 de julho de 2000
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