sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Caríssimos Médicos Católicos


Caríssimos médicos católicos, na atividade que exerceis, realizais todos os dias um nobre serviço em benefício da vida. A vossa missão de médicos coloca-vos quotidianamente em contato com a misteriosa e maravilhosa realidade da vida humana, impelindo-vos a ocupar-vos dos sofrimentos e das esperanças de inumeráveis irmãos e irmãs. Perseverai nesta vossa generosa consagração, dedicando especial cuidado aos idosos, enfermos e portadores de deficiência.

Sentis pessoalmente que na vossa profissão não bastam as curas médicas e os serviços técnicos, por mais exemplar que seja a vossa profissionalidade. É necessário ser capaz de oferecer ao doente também aquele especial remédio espiritual, constituído pelo calor de um genuíno contacto humano. Ele é capaz de dar novamente à pessoa enferma o amor pela vida, estimulando-a a lutar por esta com um esforço interior às vezes decisivo para a cura.

O doente deve ser ajudado a reencontrar o bem-estar não só físico, mas também psicológico e moral. Isto supõe no médico, além da sua competência profissional, uma atitude de solicitude amorosa, inspirada na imagem evangélica do bom Samaritano. Junto de cada pessoa que sofre, o médico católico é chamado a ser testemunha dos valores superiores que têm na fé o seu solidíssimo fundamento.
Queridos médicos católicos, bem sabeis que a vossa missão imprescindível é salvaguardar, promover e amar a vida de cada ser humano, desde o início até ao seu termo natural.

Nossa Senhora Santíssima vos assista na complexa e necessária missão. Sirva-vos de exemplo São José Moscati, para que nunca vos falte a força de testemunhar o Evangelho da vida com coerência, honestidade íntegra e retidão absoluta.

Papa João Paulo II - 07 de julho de 2000

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