quinta-feira, 25 de outubro de 2018

25 de outubro - Santa Dária e São Crisanto


Santa Daria e seu esposo São Crisanto viveram e morreram no século III, sendo que o ano do martírio se supõe tenha sido 283.
Uma “passio” nas versões em latim e em grego já existia no século VI, pois era conhecida de São Gregório de Tours (538-594), bispo francês e grande historiador da época. São Gregório de Tours refere que os cristãos costumavam reunir-se na gruta onde estavam enterrados os corpos dos Santos. Em certa ocasião, quando muitos fiéis lá se encontravam, o prefeito da cidade mandou cercar o lugar e todos morreram pela fé.

Crisanto era filho de um certo Polemio, de origem alexandrina, que foi para Roma para estudar filosofia no tempo do imperador Numeriano (283-284). Vivendo em Roma, deu por acaso com as escrituras e escritos cristãos.
Estes textos faziam mais sentido para ele do que os seus estudos anteriores, e ele converteu-se ao cristianismo, procurando alguém para que o ensinasse mais.
Um ermitão chamado Carpóforo instruiu-o mais plenamente na fé e batizou em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O pai de Crisanto, Polemius, era um soldado de alta patente. Ele desprezava a covardia e o cristianismo.

Como poderia um homem crucificado ser Deus?

Ele exigiu o retorno do seu filho Crisanto ao culto dos deuses antigos e quando o seu filho respeitosamente recusou, Polemius trancou numa pequena dispensa de víveres por muitos dias. Crisanto apenas ficou mais forte em sua determinação de seguir a Cristo. Um homem cheio da experiência da vida aconselhou Polemius sobre Daria.

Essa menina era uma bela virgem, dedicada à deusa Minerva. Ela era conhecida não apenas pela sua beleza, mas também pela sua inteligência.

Arranje um casamento entre Crisanto e Daria e essa rapariga seria capaz de tirá-lo da loucura, sugeriu-lhe esse homem.
Mas Crisanto consegue converter Daria e de comum acordo eles simulam um casamento para poderem ser deixados livres para pregar, convertendo muitos outros romanos ao Cristianismo.

Quando faleceu o pai de Crisanto, a casa do jovem casal tornou-se um lugar de refúgio e abrigo aos cristãos. Mais tarde, Crisanto e Daria foram denunciados ao magistrado romano Claudio como seguidores do cristianismo.

Testemunhando como suportavam os cruéis suplícios, e os milagres que operavam, Claudio também converteu-se ao cristianismo com sua esposa Hilária e seus filhos Jason e Mauro.

Por ordem do imperador, Claudio foi afogado com uma pedra atada ao pescoço e os filhos foram decapitados. A mãe, Hilária, viu suas tumbas antes de ser martirizada.

Crisanto e Daria, depois de sofrerem horríveis suplícios, foram enterrados vivos.

Mais tarde os cristãos de Roma reuniram-se em uma caverna próxima ao lugar do martírio para homenageá-los; os pagãos, ao saberem disso, obstruíram a entrada da caverna e todos os que estavam lá dentro morreram de fome.

Dentre os que morreram nomeiam-se o presbítero Deodoro e o diácono Mariano.


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