domingo, 27 de outubro de 2019

Mês Missionário Extraordinário: 27 de outubro - Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. Lc 18,10


A parábola que Jesus contou a propósito do publicano e do fariseu mostra a sua maneira de ver as pessoas, que é a forma correta do olhar de Deus, porque não julga pelas aparências nem com base em preconceitos, mas por aquilo que vê com clareza nas profundezas do coração humano, discernindo a verdadeira motivação que gera as ações e as orações das pessoas.

Seja como for, é com a intenção de rezar que o publicano e o fariseu se dirigem ao Templo, partilhando assim, por uns instantes, o mesmo lugar sagrado.
No entanto, será o modo particular como cada um deles concretizará essa intenção que determinará o seu destino respetivo e o seu estado espiritual final.

O publicano, tendo tido a humildade e a sinceridade de reconhecer a sua indignidade e o seu pecado e de implorar o perdão de Deus, regressa a casa como um homem melhor, interiormente transformado, reconciliado: frente à sua oração autêntica, a graça divina não se fez esperar. Mais uma vez se verificou que quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.

O fariseu, pelo contrário, é prisioneiro da sua torre de orgulho espiritual. Demasiado consciente das suas próprias obras pias meritórias e da excelência da sua classe socio religiosa, julga-se superior e melhor do que todos os outros, levantando barreiras entre si e eles, insultando-os e desprezando-os. Ele talvez fosse bom e piedoso até àquele momento, mas a atitude manifestada revelou a arrogância presente no seu coração, minando a sua suposta virtude a partir do seu interior.
Não devemos nos colocar diante de Deus, no Templo, para nos autocelebrarmos e contemplarmos numa postura auto referencial, olhando os outros de alto. Devemos colocar-nos diante d’Ele para um encontro de amor e para encontrarmos os outros n’Ele. Nesse sentido, a oração é contemplação do Senhor, celebração das maravilhas que a sua graça realiza em cada dia no seio da fragilidade humana, celebração da sua incansável misericórdia, que reanima aquele que está caído e que deseja levantar-se.

Hoje celebramos:


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