A ideia mais importante da passagem do
evangelho de hoje é o caráter invisível do Senhor que, chega inesperadamente.
Nesta forma de atuação de Deus reside também o mistério da liberdade concedida
ao homem, que pode decidir como gerir o dom da vida sem pressões físicas, sem
sentir uma presença opressiva.
Espera-se com esperança o retorno do Mestre de
rins cingidos, ou seja, servindo os irmãos na fé, anunciando e fazendo-os
participar da salvação que lhes é oferecida como penhor na Eucaristia. A
metáfora das lâmpadas que se devem manter sempre acesas qualifica a espera como
um tempo de vigilante atenção.
A ausência aparente do amo pode fazer-nos cair
na tentação de nos substituirmos a ele, pretendendo tornar-nos nos árbitros
absolutos da vida, nossa e alheia, e nos apoderando dos bens que nos foram
confiados como guardiões.
Na perspectiva de Deus, a espera corresponde à
lei do amor. Naquele que vive longos tempos de espera, cresce o desejo do
encontro face a face com Deus: é necessário ser forte para suportar o peso de
uma palavra dada, mas sem marcação de prazo, sustentados pela promessa do
retorno sem aviso prévio.
É importante ter consciência de que todas as
épocas de uma vida bem gasta, procurando e fazendo a vontade de Deus, são um
kairós, um tempo favorável para sermos chamados de volta a Casa. A vida será
bem-sucedida se o fiel for encontrado preparado para esse encontro.
Hoje celebramos:
São João Paulo II
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