A passagem através da região habitada pelos
samaritanos, durante a viagem de Jesus rumo a Jerusalém, torna-se num episódio
emblemático da conversão que os discípulos de Jesus, em cada época, devem
experimentar, para poderem acompanhá-l’O e secundá-l’O na sua missão de
evangelização e de salvação.
Quando envia mensageiros para preparar a sua
entrada e hospedagem numa aldeia de samaritanos, Jesus está perfeitamente
consciente da hostilidade que divide judeus e samaritanos, mas não desiste;
além disso, os próprios discípulos também devem aprender a gerir de modo
diferente uma hostilidade bem arraigada.
Frente à resposta negativa dos habitantes
samaritanos da aldeia, a reação dos discípulos é de irritação e violência. Os
dois irmãos agem levados pelo impulso de uma indevida convicção de serem
detentores, em certa medida, de uma verdade religiosa superior. Para Jesus,
tratava-se de uma pergunta errada e de um recurso inoportuno à autoridade das
Sagradas Escrituras: Voltou-Se e repreendeu-os. No relato evangélico, Jesus
limita-Se a mudar de povoado.
Jesus não diz nada a propósito da recusa dos
samaritanos daquela aldeia, mas uma das primeiras missões da Igreja de
Jerusalém ocorrerá, precisamente, entre os samaritanos. Será o diácono Filipe a
iniciá-la, movido pelo Espírito Santo, seguido mais tarde por Pedro e João, que
completarão a sua obra. A missão da Igreja é conformação com a pessoa e com o
mistério de Cristo: uma conversão que empenha a vida inteira, deixando ao
Senhor a missão de abrir as portas da missão e de mover o coração das pessoas.
Os tempos e as modalidades da conversão dos pagãos são obra do Senhor; compete
à Igreja converter-se ao Espírito e à pessoa do Senhor Jesus.
Hoje celebramos:
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