sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Mês Missionário Extraordinário: 18 de outubro - O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. Lc 10,1


Hoje, festa de São Lucas, o evangelista narra que, após o envio dos doze, Jesus incumbiu este numeroso grupo de setenta e dois discípulos dos quais nos fala o evangelho de hoje. Segundo ele, a primeira evangelização envolveu muito mais missionários do que os Doze. Pouco antes de dar este mandato, Jesus tinha-Se dirigido a Jerusalém. Envia os setenta e dois à sua frente para anunciarem a sua chegada a várias cidades. Este segundo envio prefigura a experiência pessoal de Lucas, nas suas viagens com Paulo. Com o envio dos setenta e dois, a ação missionária junto das nações não só é legitimada, mas antecipada.

Os discípulos são enviados a todas as nações. O trecho proclamado na liturgia de hoje apresenta o apostolado como revelação do Reino e do juízo já presentes no mundo. Para Lucas, não se trata de anunciar a Israel a grandeza do Reino, mas de proclamar às nações que este está próximo.

É o momento decisivo da história, em que é oferecida a todos a possibilidade de passarem a fazer parte do Reino de Deus. O método de trabalho missionário dos setenta e dois discípulos, o caráter e as perspectivas da sua obra, são semelhantes aos dos Doze. As recomendações de Jesus abrem-se com um convite a tomar consciência da situação: colheitas abundantes e um número reduzido de trabalhadores contrapõem-se, em significativo contraste. Daí a recomendação categórica: Pedi, portanto, ao dono da colheita. A oração é a alma da missão. Deus, que é o proprietário da colheita, toma a iniciativa: chama e envia.

É o convite a unirem-se à oração de Jesus, ao seu êxodo rumo ao Pai, que se exprime, para os discípulos e para o Senhor, na sua entrega às mãos dos homens: Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Os missionários não podem confiar na força, no poder ou na violência. As suas únicas riquezas são a fé e a oração, que os mantêm fundados sobre a relação de amor pessoal com Jesus, o Mestre que os envia.
O enviado, tal como o Senhor, estabelece com aqueles que o recebem uma relação na qual se começa a viver a paz do Reino. O seu comportamento leva-o a depender daqueles que o acolhem, a quem confia o seu próprio corpo e a sua própria vida.
Portanto, o missionário está completamente exposto, inclusive no que diz respeito ao seu sustento, aos riscos da missão: acolhimento ou rejeição, êxito ou fracasso, ele depende da hospitalidade de quem acolhe a mensagem, mas nada pode fazer parar ou entravar a prossecução da sua missão: é um missionário que leva o último e urgente apelo da possibilidade de salvação, que deve chegar aos ouvidos de todos, aos corações de todos, custe o que custar.

Hoje celebramos:


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