Jesus
advertia contra as riquezas porque sabia que que por trás das riquezas havia
sempre o espírito maligno: o senhor do mundo. Por isso, disse uma vez: “Não se pode servir a dois senhores, servir
a Deus e servir às riquezas”.
Diante
das estatísticas da pobreza no mundo, das crianças que morrem de fome, que não
têm nada para comer, não têm remédios, tanta pobreza – que se ouve todos os
dias nos telejornais e nos jornais – é uma atitude positiva questionar-se: Mas
como posso resolver isto? Nasce da preocupação de fazer o bem. E quando uma
pessoa que tem um pouco de dinheiro se pergunta se o pouco que tem serve, respondo
que sim, “como as duas pequenas moedas da viúva”.
E
a generosidade é uma coisa de todos os dias, é uma coisa que nós devemos
pensar: como posso ser mais generoso com os pobres, com os necessitados... como
posso ajudar mais? “mas o senhor sabe, padre, que nós mal chegamos ao final do
mês” – “mas sobra alguma pequena moeda? Pense: é possível ser generoso com
estas... Pense. As pequenas coisas: façamos, por exemplo, uma viagem nos nossos
quartos, uma viagem no nosso armário. Quantos sapatos tenho? Um, dois, três,
quatro, 15, 20... cada um pode dizer. Demasiados... Eu conheci um monsenhor que
tinha 40... mas se você tem tantos calçados, dê a metade. Quantas roupas que
não uso ou uso uma vez por ano? É um modo de ser generoso, de dar o que temos,
de compartilhar.
Há
uma doença, que é a doença contra a generosidade: a doença do consumismo.
Doença
que consiste em comprar sempre coisas. Uma doença séria, a do consumismo, de
hoje! Eu não digo que todos nós fazemos isso, não. Mas o consumismo, o gastar
mais do que precisamos, uma falta de austeridade de vida: este é um inimigo da
generosidade. E a generosidade material – pensar nos pobres, “isso posso dar
para que possam comer, para que se vistam” – essas coisas, tem outra
consequência: alarga o coração e o leva à magnanimidade.
Papa
Francisco – 26 de novembro de 2018
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário