Jesus
é o Pastor que carrega nos seus ombros a pequena ovelha tresmalhada, que
sozinha já não encontra o caminho para casa, e leva-a novamente para o aprisco.
Os
Padres da Igreja viam nesta pequena ovelha a imagem de toda a humanidade, de
toda a natureza humana, que se extraviou e não encontra mais o caminho para
casa.
O
Pastor que a traz novamente para casa só pode ser o Logos, a Palavra
eterna do próprio Deus. Na encarnação Ele carregou todos nós a pequena ovelha
chamada "homem" nos ombros. É Ele, a Palavra eterna, o autêntico
Pastor da humanidade, que nos carrega; na sua humanidade, toma nos seus ombros
cada um de nós.
No
caminho da Cruz levou-nos e leva-nos para casa. Contudo, quer ter também homens
que "carreguem" juntamente com Ele. Ser Pastor na Igreja de Cristo significa
participar nesta tarefa, cuja memória é o pálio. Quando o vestimos, Ele
pergunta-nos: "Levas, juntamente
comigo, também tu aqueles que me pertencem? Trá-los para mim, para Jesus
Cristo?".
E
então vem-nos ao pensamento a narração do envio de Pedro por parte do
Ressuscitado. Cristo ressuscitado une o mandato: "Apascenta as minhas ovelhas", inseparavelmente à
interrogação: "Amas-me, amas-me tu
mais do que estes?". Todas as vezes que vestirmos o pálio do Pastor do
rebanho de Cristo, deveríamos ouvir esta pergunta: "Amas-me?" e deveríamos deixar-nos interrogar acerca do
acréscimo de amor que Ele espera do Pastor.
Assim,
o pálio torna-se símbolo do nosso amor pelo Pastor Cristo e do nosso amar com
Ele torna-se símbolo da vocação para amar os homens como Ele, juntamente com
Ele.
Papa
Bento XVI – 29 de junho de 2008
Hoje celebramos:
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