quinta-feira, 13 de junho de 2019

13 de junho - Beata Mariana Biernacka


O Papa João Paulo II beatificou a 13 de junho de 1999 em Varsóvia, durante a sua sétima viagem apostólica à Polônia, 108 mártires, vítimas de perseguição contra a Igreja polaca, que aconteceu durante a ocupação alemã 1939-1945. Na sua homilia ele destacou:

Entre estes Beatos mártires contam-se também leigos. Há cinco leigos jovens, formados no oratório salesiano; um ativista zeloso da Ação Católica, um catequista leigo, torturado até à morte pelo seu serviço, e uma mulher heroica que deu livremente a sua vida em permuta daquela da sua nora, que esperava um filho. Hoje estes Beatos mártires são inscritos na história da santidade do Povo de Deus, peregrinante em terra polaca há mais de mil anos.

Se hoje nos alegramos pela beatificação de 108 Mártires clérigos e leigos, fazemo-lo antes de mais porque eles são o testemunho da vitória de Cristo, o dom que restitui a esperança. Enquanto realizamos este ato solene, num certo sentido revive em nós a certeza de que, independentemente das circunstâncias, podemos obter a vitória plena em tudo, graças Àquele que nos amou (cf. Rm 8, 37). Os Beatos mártires bradam aos nossos corações: crede que Deus é amor! Acreditai n'Ele, no bem e no mal! Despertai a esperança em vós! Que esta dê em vós o fruto da fidelidade a Deus em cada provação!

O ódio racial do nazismo provocou mais de cinco milhões de vítimas entre a população civil polonesa: muito religiosos, sacerdotes e leigos católicos. Principal figura do grupo de nove leigos é a Beata Mariana Biernacka, da diocese de Lomza, na Polônia.

A história desta mulher é muito parecida com a de Santo Maximiliano Kolbe, franciscano, que foi canonizado por João Paulo II.

Mariana nasceu em 1888 em Niemowicze, Grodno (Polônia), em uma família de cristãos ortodoxos e se converteu ao catolicismo aos 17 anos, em 1905, juntamente com seus familiares. Na idade de 20 anos casou-se com Ludwik Biernacki, e o casal teve seis filhos.

Ao ficar viúva, foi viver com seu filho Estanislau e sua esposa, convivendo com o jovem casal demonstrando-lhes sabedoria cristã e amor fraterno a eles e a seus filhos. Entre as pessoas do local ela era conhecida por sua bondade e profunda religiosidade.

Em 1 de julho de 1943 as forças nazistas começaram a aprisionar e executar centenas de pessoas em Lipsk, como vingança pela morte de soldados alemães em uma cidade próxima.

Os soldados aprisionaram seu filho Estanislau e sua nora, que estava grávida. Mariana, para salvar a vida da mãe e do futuro neto, se ofereceu para ser levada no lugar daquela. A troca foi aceita e Mariana Biernacka, levada presa, foi assassinada no dia 13 de julho de 1943, aos 55 anos, em Niemowicze, Grodno, então parte da Polônia, atualmente parte do território da Bielorrússia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário