sábado, 8 de junho de 2019

08 de junho - Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos. Jo 21,25


É o Espírito quem garante a presença ativa do mistério na história, Aquele que garante a sua realização ao longo dos séculos. Graças ao Paráclito a experiência do Ressuscitado, feita pela comunidade apostólica nas origens da Igreja, poderá ser sempre vivida pelas gerações sucessivas, porque transmitida e atualizada na fé, no culto e na comunhão do Povo de Deus, peregrino no tempo. E assim nós agora, no tempo pascal, vivemos o encontro com o Ressuscitado, não só como uma coisa do passado, mas na comunhão presente da fé, da liturgia, da vida da Igreja.

A Tradição apostólica da Igreja consiste nesta transmissão dos bens da salvação, que faz da comunidade cristã a actualização permanente, na força do Espírito, da comunhão originária. Ela é chamada assim porque surgiu do testemunho dos Apóstolos e da comunidade dos discípulos no tempo das origens, foi entregue sob a guia do Espírito Santo nos textos do Novo Testamento e na vida sacramental, na vida da fé, e a ela a esta tradição, que é toda a realidade sempre atual do dom de Jesus a Igreja refere-se continuamente como ao seu fundamento e à sua norma através da sucessão ininterrupta do mistério apostólico.

Jesus, ainda na sua vida histórica, limitava a sua missão à casa de Israel, mas já fazia compreender que o dom era destinado não só ao povo de Israel, mas a todo o mundo e a todos os tempos. Depois, o Ressuscitado confia explicitamente aos Apóstolos a tarefa de fazer discípulos de todas as nações, garantindo a sua presença e a sua ajuda até ao fim dos tempos.
O universalismo da salvação exige, entre outras coisas, que o memorial da Páscoa seja celebrado sem interrupção na história até à vinda gloriosa de Cristo. Quem atualizará a presença salvífica do Senhor Jesus mediante o ministério dos apóstolos chefes do Israel escatológico e através de toda a vida do apóstolo da nova aliança? A resposta é clara: o Espírito Santo. 

Papa Bento XVI – 26 de abril de 2006

Hoje celebramos:



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