Depois
das Bem-Aventuranças, que são o seu programa de vida, Jesus proclama a nova
Lei, a sua Tora, como lhe chamam os nossos irmãos judeus. Com efeito,
com a sua vinda o Messias devia trazer também a revelação definitiva da Lei, e
é precisamente isto que Jesus declara: Não
julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas. Não vim para os abolir, mas sim
para os levar à perfeição.
A
novidade de Jesus consiste, essencialmente, no fato de que Ele mesmo completa
os mandamentos com o amor de Deus, com a força do Espírito Santo que habita
nele. E nós, através da fé em Cristo, podemos abrir-nos à obra do Espírito
Santo, que nos torna capazes de viver o amor divino. Por isso, cada preceito se
torna verdadeiro, como exigência de amor, e todos convergem num único
mandamento: ama a Deus com todo o
coração, e ao teu próximo como a ti mesmo.
A caridade é o pleno cumprimento
da lei, escreve são Paulo. Diante desta exigência, por exemplo, o piedoso caso
das quatro crianças Ciganas, mortas na periferia desta cidade, na sua barraca
queimada, impõe que nos perguntemos se uma sociedade mais solidária e fraterna,
mais coerente no amor, ou seja mais cristã, não teria podido evitar este
trágico facto. E esta pergunta vale para muitos outros acontecimentos
dolorosos, mais ou menos conhecidos, que se verificam diariamente nas nossas
cidades e nos nossos povoados.
Papa
Bento XVI – 13 de fevereiro de 2011
Hoje celebramos:
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