sexta-feira, 24 de abril de 2020

24 de abril - Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Lc 6,11


A leitura do Evangelho de hoje, leva-nos a meditar sobre a multiplicação milagrosa, em que cinco pães de cevada e dois peixes foram suficientes para dar de comer a uma multidão de cinco mil homens. Jesus quer fazer o povo compreender o significado profundo do prodígio que realizou: saciando de modo milagroso a sua fome física, prepara-os para aceitar o anúncio segundo o qual Ele é o pão que desceu do céu, que sacia de modo definitivo.

Também o povo judeu, durante o longo caminho no deserto, tinha experimentado um pão descido do céu, o maná, que o conservara em vida até à chegada à terra prometida. Pois bem, Jesus fala de si mesmo como do verdadeiro pão que desceu do céu, capaz de manter em vida não por um momento ou durante um trecho do caminho, mas para sempre. Ele é o alimento que dá a vida eterna, porque é o Filho unigênito de Deus, que se encontra no seio do Pai, vindo para doar ao homem a vida em plenitude, para introduzir o homem na vida do próprio Deus.

No pensamento judaico era claro que o verdadeiro pão do céu, que alimentava Israel, era a Lei, a palavra de Deus. Agora Jesus, manifestando-se como o pão do céu, dá testemunho de ser a Palavra de Deus encarnada, através da qual o homem pode fazer da vontade de Deus o seu alimento, que orienta e sustém a sua existência.

Santo Agostinho comenta: “Estavam distantes daquele pão celeste, e eram incapazes de sentir fome dele. A boca do seu coração estava enferma... Com efeito, este pão exige a fome interior do homem”. Somente quem é atraído por Deus Pai, quem o ouve e se deixa instruir por Ele pode acreditar em Jesus, encontrá-lo e alimentar-se dele para ter a vida em plenitude, a vida eterna. Santo Agostinho acrescenta: “O Senhor... afirmou que é o pão descido do céu, exortando-nos a crer nele. Com efeito, comer o pão vivo significa acreditar nele. Quem crê, come; é saciado de modo invisível, e igualmente de modo invisível renasce. Ele renasce a partir de dentro e, no seu íntimo, torna-se um homem novo”.

Hoje celebramos:




Nenhum comentário:

Postar um comentário