segunda-feira, 20 de abril de 2020

Nossa Senhora da Penha


Há 450 anos, em 1570, o Frei Pedro Palácios encomendou de Portugal a imagem que conhecemos como Nossa Senhora da Penha.
Uma pequena imagem de 76 centímetros de altura esculpida em madeira maciça, vestida com túnica e manto nas cores rosa, azul e branco, que foi a inspiração para as cores da bandeira do estado de Espírito Santo.  A cor rosa representa a humanidade de Maria e o azul, sua divindade. 

Uma imagem de rara beleza, com um olhar terno e dócil, que acompanha todos que entram na Capela. O Menino Jesus no colo de Nossa Senhora da Penha é a razão pela qual a Virgem Maria é Senhora, rainha e mãe da humanidade. Ele é seu Filho e, ao mesmo tempo, Criador.  A imagem do Menino Jesus também carrega símbolos importantes como o cetro na mão direita do Menino Jesus, afirmando que Ele é o Rei.

Já o globo na mão esquerda do Menino Jesus nos recorda que é Ele quem sustenta o mundo e quem o mantém. A cruz sobre o globo terrestre nos fala que foi através dela que Jesus salvou toda a humanidade.

A devoção inicial era a Nossa Senhora das Alegrias, também conhecida como Nossa Senhora dos Prazeres.  Com a construção da ermida (capela), sobre o penhasco, passou-se a denominar Nossa Senhora da Penha a imagem do Altar Mor, título proveniente de penhasco (pedra), referindo-se primitivamente mais ao lugar do que a uma virtude da vida de Nossa Senhora.
A devoção original é Nossa Senhora das Alegrias, advinda das sete alegrias de Maria, título esse atribuído à Maria, alicerçado na tese dos Santos Padres que afirmam, desde o Séc. IV aos nossos dias, que Cristo, após sua ressurreição, visitou primeiro a sua Mãe.

Oremos:
Ó Maria Santíssima, Senhora da Penha,
em cujas mãos depositou Deus todos os tesouros das suas graças,
constituindo-vos amorosa e larguíssima dispensadora
a todos os que a vós recorrem com viva fé.
Eis-me, cheio de esperança no vosso eficacíssimo patrocínio,
solicitando, humildemente, vossa proteção e amparo.
Não negueis o vosso favor, ó cara Mãe,
a este amoroso, embora indigno filho.
Recordai-vos, ó Senhora da Penha,
que nunca se ouviu dizer
que algum dos que em vós tem depositado toda a sua esperança
tenha ficado iludido.
Consolai-me, pois, ó amorosíssima Senhora,
com vossas graças que tão instantemente peço,
a fim de continuar a honrar-vos na terra,
com meu cordial reconhecimento até que possa, um dia, no céu,
mais dignamente agradecer-vos todos os benefícios recebidos,
nos séculos dos séculos.
Assim seja.

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