Jesus levou ao extremo a manifestação do amor
misericordioso do Pai. Muitos não suportam nem gostam desta opção de Jesus; antes,
manifestam o seu descontentamento, inicialmente por entre dentes, mas no final
aos gritos, procurando desacreditar o seu comportamento e o de quantos estão
com Ele.
Não aceitam e rejeitam esta opção de estar
próximo e oferecer novas oportunidades. Sobre a vida do povo, parece-lhes mais
fácil colocar etiquetas e rótulos que congelam e estigmatizam não só o passado,
mas também o presente e o futuro das pessoas. Rótulos que, em última análise,
nada mais produzem senão divisão: daqui os bons, além os maus; daqui os justos,
além os pecadores.
Este procedimento contamina tudo, porque
levanta um muro invisível que faz pensar que marginalizando, separando e
isolando resolver-se-ão, magicamente, todos os problemas. E, quando uma
sociedade ou comunidade se decide por isso, limitando-se a criticar e murmurar,
entra num círculo vicioso de divisões, censuras e condenações; entra numa
conduta social de marginalização, exclusão e oposição tal que leva a dizer
irresponsavelmente como Caifás: “Convém que morra um só homem pelo povo, e
não pereça a nação inteira”. E, normalmente, a corda quebra pelo ponto mais
fraco: o dos mais frágeis e indefesos.
Que pena faz ver uma sociedade que concentra as
suas energias mais em murmurar e indignar-se do que em comprometer-se,
empenhar-se por criar oportunidades e transformação!
Papa Francisco – 25 de
janeiro de 2019
Hoje celebramos:
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