domingo, 12 de abril de 2020

A Igreja proclama: Ressuscitou!


Eu, o Cristo, destruí a morte,
triunfei do inimigo,
esmaguei o inferno,
arrebatei o homem para as alturas dos céus.
Eu, o Cristo!
Vinde, pois, famílias dos homens manchadas por pecados,
recebei o perdão dos pecados!
Pois sou vosso perdão,
eu, a Páscoa da salvação,
O cordeiro imolado por vós,
a vossa redenção,
a vossa vida,
a vossa ressurreição,
a vossa luz,
a vossa salvação,
o vosso rei.
Melitão de Sardes – século II

Se sobes com Jesus para celebrar a Páscoa, Ele dá-te o cálice da Nova Aliança e também o pão da bênção, faz-te dom do seu Corpo e do seu Sangue.
Orígenes – Século III

A Páscoa será manjar celestial para os que celebram a festividade com pureza... Purifiquemos então as nossas mãos, limpemos o nosso corpo e tenhamos a consciência livre de toda a fraude...
Santo Atanásio de Alexandria – Século IV

Ontem, eu estava crucificado com Cristo; hoje, sou glorificado com ele. Ontem, eu estava sepultado com Cristo; hoje, saio com ele do túmulo. Levemos, pois, nossas primícias àquele que sofreu e ressuscitou por nós. Credes que falo aqui de ouro, prata, tecidos, pedras preciosas? Ó frágeis bens da terra! Eles não saem do solo senão para cair, quase sempre, nas mãos de celerados, escravos deste mundo e do Príncipe do mundo. Ofereçamos nossas próprias pessoas, que são o presente mais precioso aos olhos de Deus e o mais próximo dele. 
São Gregório Nazianzeno – século IV

Naquele dia, a mesa foi santificada pelo autor de toda santidade. A mesa serviu-lhe de altar, que foi todo consagrado. Na tarde desta Páscoa, o cenáculo foi Igreja; a mesa, o sagrado altar, os sacerdotes, os Apóstolos recostados, cabeça dos recostados, oblação e oferente, o próprio Jesus; comensais, os seus discípulos.
Santo Éfrem – século IV

Celebremos tranquilamente a Páscoa, celebremos sossegadamente a Paixão, d’Aquele que, não devendo nada a ninguém, pagou em vez dos devedores.
Santo Agostinho de Hipona – século V

Para celebrar a Páscoa não precisam de riquezas nem de grandes gastos, mas apenas de bons desejos e pureza de coração. Não é possível comprar aqui nada de corporal, pois tudo é espiritual: escuta da palavra divina, orações dos Padres, bênçãos dos sacerdotes, comunhão dos mistérios divinos e inefáveis, paz, concórdia e dons espirituais dignos da riqueza d’Aquele que os dá...
São João Crisóstomo – século V

Morte e vida lutaram em um tremendo duelo. O Mestre da vida triunfa sobre a morte: e a vitória dele é a vitória de sua Igreja ao longo dos séculos. Vamos, portanto, libertar nosso espírito de todo desânimo: e abrir nossos corações às mais belas esperanças para o futuro. Podemos ter pressão do mundo, certamente continuaremos a sofrer. Antes de partir, Jesus, o vencedor da morte, disse: "coragem: eu venci o mundo".
São João XXIII – século XX

Se vocês são bons cristãos - que essa seja a memória especial da solenidade da Páscoa de hoje - você encontrará não apenas a linha a seguir em nossa existência, mas muito conforto no dia em que você precisar de alguém para tranquilizá-lo e consolá-lo. Você contemplará, em sua alma, o grande céu aberto para nós, isto é, esperança, com certeza, do que Jesus trouxe com sua ressurreição: vida eterna.  
São Paulo VI – século XX

Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, a quem o Pai glorificou com a ressurreição e com a vida, no centro da história do homem. Na tua morte deste ao Pai o ser de cada um de nós, a vida de cada homem que é marcada pela necessidade da morte, para que, na tua ressurreição, cada um pudesse readquirir a consciência e a certeza de entrar, por ti e juntamente contigo, na Vida nova.
São João Paulo II – século XX

Por nós, Jesus desceu às águas obscuras da morte. Mas, em virtude do seu sangue foi feito voltar da morte: o seu amor uniu-se ao do Pai e, assim, da profundidade da morte Ele pôde subir para a vida. Agora eleva-nos a nós da morte para a vida verdadeira. Sim, isto mesmo acontece no Batismo: Jesus levanta-nos para Ele, atrai-nos para dentro da verdadeira vida. Agarremos bem a sua mão! Suceda o que suceder e implicando mais ou menos conosco, não larguemos a sua mão! Caminharemos então pela via que conduz à vida.
Papa Bento XVI – século XX

Mas, eis que surge a pergunta desafiadora da Páscoa: Por que buscais o Vivente entre os mortos? O Senhor não habita na resignação. Ressuscitou, não está lá; não O procures, onde nunca O encontrarás: não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Não sepultes a esperança!
Papa Francisco – século XX

Libertado da isolante opacidade do seu corpo mortal, como ressuscitado, Jesus é agora o próximo de todo o mundo.
Karl Rahner – século XX

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