domingo, 5 de abril de 2020

05 de abril - Pilatos falou: “Mas, que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força: — “Seja crucificado!” Mt 27,23

Celebramos hoje o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. Fato estranho à primeira vista: o clima de festa e de triunfo que iniciamos cantando o Hosana, culmina no crucifica-o!
Mas este não é um contrassenso, é, antes, o coração do mistério. O mistério que se proclama é este: Jesus se entregou voluntariamente a sua Paixão; não se sentiu esmagado por forças maiores do que ele; foi ele que, perscrutando a vontade do Pai, compreendeu eu havia chegado a hora e a acolheu com a obediência livre do filho e com infinito amor para os homens.

A narrativa da Paixão termina com a pedra rolada na entrada do sepulcro, sabemos, porém, que aquela pedra não adiantou: Jesus ressuscitou e está sentado à direita de Deus Pai. Contudo, enquanto dura este mundo de dor e de pecado, ele está ainda misteriosamente no sepulcro, porque com aqueles que sofrem, sofre ele também. A Semana Santa nos deve recordar sobretudo isto.
Destes três mistérios: crucificação, sepultura e ressurreição, nós cumprimos na vida presente aquilo cujo símbolo é a cruz, enquanto cremos com fé e esperança naquilo cujo símbolo é a sepultura e a ressurreição de Cristo. Agora se diz ao homem: “Toma tua cruz e segue-me”.

Toda nossa vida é, em certo sentido, uma “semana santa” se a vivemos com coragem e fé, na espera do “oitavo dia” que é o grande domingo do repouso e da glória eterna.

Neste tempo, Jesus repete o convite que dirigiu a seus discípulos no Horto das Oliveiras: “Ficai aqui e vigiai comigo”.
Hoje celebramos:


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