O martirológio romano, no dia de hoje nos
apresenta os mártires do deserto da Arábia: No Egito, os santos Queremon, bispo
de Nilópolis, e um bom número doutros mártires, nos tempos do imperador Décio.
Fugindo para o deserto, uns foram devorados pelas feras, outros acabaram por
morrer de fome, de frio, de prostração. Vários, ainda massacrados pelos
bárbaros, cumpriram o martírio, em 250.
Dionísio de Alexandria escreveu: "Que
dizer da multidão dos que erraram nos desertos e nas montanhas, assaltados pela
fome e pela sede, enfrentando o frio, as doenças, os ladrões os animais
selvagens? Os que sobreviveram são as testemunhas da sua eleição e da sua
vitória. Contarei, para o provar, um fato que se liga a eles:
Queremon era bastante idoso e bispo da cidade
chamada Nilópolis. Tendo-se ocultado na montanha da Arábia, com um companheiro,
jamais reviu os irmãos, embora os procurassem com afinco, nem seus cadáveres
foram encontrados. Muitos, na mesma montanha da Arábia, foram reduzidos à
escravatura por bárbaros sarracenos; alguns, depois de duras penas, foram
resgatados por somas fabulosas de dinheiro; outros, porém, ainda não foram".
Nilópolis, hoje, chama-se Ilahum, e se ergue na
margem esquerda do rio Nilo, ao sul de Mênfis.
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