“Com que autoridade fazes estas coisas”? Com essa pergunta querem
fazer Jesus cair numa armadilha, procuram induzi-lo ao erro. Mas qual é o
problema que estas pessoas tinham com Jesus?
Talvez os
milagres que fazia? Não, não é isto. Em realidade, o problema que escandalizava
estas pessoas era aquilo que os demônios gritavam a Jesus: “Tu és o Filho de
Deus, Tu és o Santo!”. Este é o ponto central, o que escandaliza de Jesus: “Ele
é Deus que se encarnou”. Também para nós existem armadilhas na vida, mas aquilo
que escandaliza da Igreja é o mistério da Encarnação do Verbo.
Quantas
vezes se ouve dizer: ‘Mas vocês cristãos, sejam um pouco mais normais, mais
razoáveis, como as outras pessoas!’ Este é um discurso de encantadores de
serpentes. Por trás disto existe: ‘Mas não venham com esta história que Deus se
fez homem’!
A Encarnação do Verbo, este é o escândalo que
está por trás! Nós podemos fazer todas as obras sociais que queremos e dirão:
“Mas que boa a Igreja, que boa obra social que faz a Igreja”. Mas se nós
dissermos que nós fazemos isto porque estas pessoas são a carne de Cristo, vira
um escândalo. E esta é a verdade, esta é a revelação de Jesus: esta presença de
Jesus encarnado”.
E este é o
ponto: Sempre existirá a sedução de fazer coisas boas sem o escândalo do Verbo
encarnado, sem o escândalo da Cruz. Devemos, ao invés disto ser coerentes com
este escândalo, com esta realidade que faz escandalizar. E, melhor que isto:
ser coerentes com a fé.
A Igreja não
é uma organização de cultura, nem de religião, nem social. A Igreja é a família
de Jesus. A Igreja de Jesus confessa que Jesus é o Filho de Deus feito carne,
por isto perseguiam Jesus. Este é o centro da perseguição. Se nós nos tornamos
cristãos razoáveis, cristãos sociais, cristão de beneficência, qual será a consequência? Não teremos mais mártires: esta será a consequência.
Quando, ao
invés disto, os cristãos disserem a verdade, professarem que o Filho
de Deus veio e se fez carne, quando pregarem o escândalo da cruz, então virão
as perseguições, virá a Cruz e isto será uma coisa boa.
Papa Francisco – 01 de
junho de 2013
Hoje celebramos:
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